Sidney
Magal

Nada
de banquinho e violão. Figurino riponga e letras politizadas
também passaram longe do jovem cantor. Nos embalos
dos anos 70 e os embates contra a ditadura, Sidney Magal era
tido como muito cafona e alienado, com seus sucessos como
“O Meu Sangue Ferve por Você”. Com calças
justíssimas, camisas que deixavam o peito à
mostra e botas de salto alto, o sujeito de voz grave arrancava
suspiros das mulheres. Hoje, o guarda-roupa de gosto duvidoso
pode parecer
fashion. “Meu Deus, eu já era muito moderno e
nem tinha idéia disso”, brinca Sidney Magalhães,
o Magal, 50 anos, 18 discos e um 19º a ser lançado
até o final do ano.
Em 2002, Magal tem motivos para gargalhar daqueles conceitos
que, há 25 anos, o apontavam como brega. Virou cult.
Suas gravações são coqueluches nas danceterias.
“Meu público infantil daquela época chegou
aos 30 anos e dita moda, gosta do que bem entende”,
justifica o cantor. Driblando as dificuldades do mercado,
ele está na trilha de Kubanacan e desfilou para
a grife Cavalera na SP Fashion Week.
Em setembro, mostra sua veia de ator no filme O Caminho
das Nuvens, com Wagner Moura. Engana-se quem pensa que
será a estréia de Magal no cinema. Em 1979,
ele estrelou Amante Latino, de Pedro Rovai (veja na
foto acima).
|