A minissérie Anos Dourados, de 1986, marcou
época na televisão brasileira. Quem assistiu
se lembra com nostalgia da história de repressão
sexual nos anos 50, escrita por Gilberto Braga e dirigida
por Roberto Talma. Para matar a saudade dos fãs,
está saindo um DVD duplo com a minissérie,
que foi reeditada pelo autor e pelo diretor especialmente
para o lançamento. Nos extras, há depoimentos
dos envolvidos na produção. Gilberto Braga
falou a Gente sobre o DVD.
Que
preocupações teve ao reeditar o DVD?
Roberto Talma e eu optamos pela compactação,
sem um número de discos determinado. Estávamos
mais preocupados com a forma de contar a história
do que com o tempo. Pouca gente tem disponibilidade para
ver vinte capítulos. Se você vir cinco capítulos
originais de enfiada, pode ficar cansativo, porque a obra
foi bolada para ser vista em 20 dias separados. No final,
são sete horas. Um bom tempo para o espectador entrar
em contato ou relembrar nossa história.
Por
que o lançamento do DVD é importante?
Porque a minissérie é muito boa. Acho que
não envelheceu
em nada. É ótimo a gente ver uma história
sobre repressão sexual e no final poder dizer que
sob esse aspecto o mundo melhorou bastante.
As
pessoas ainda falam sobre a minissérie com você?
Muito. Na época, o programa trouxe o assunto sexo
para a sala da família brasileira. A rapaziada perguntava
para os pais: “Mas era assim mesmo? Puxa, como você
deve ter sofrido!”.
Prefere
escrever novela ou minissérie?
Minissérie, de longe. A gente tem tempo pra caprichar
mais.
|