Quem poderia imaginar o galã Richard Gere na pele do marido
traído? Pois é o que acontece em Infidelidade,
novo filme de Adrian Lyne (9 e 1/2 Semanas de Amor e Atração
Fatal, entre outros) que estréia sexta-feira 14. Desta
vez, o sedutor capaz de provocar um vendaval na pacata vida de uma
mãe de família é o belíssimo ator francês
Olivier Martinez (Antes do Anoitecer).
Para explorar o adultério feminino, Adrian Lyne inspirou-se
em La Fémme Infidele (1968), obra-prima de Claude
Chabrol, que por sua vez baseou-se no romance Madame Bovary,
de Gustave Flaubert. Uma espécie de Atração
Fatal às avessas, Infidelidade aborda novamente
a questão da aventura sexual que leva a conseqüências
desastrosas.
Diane
Lane e Richard Gere, que atuaram juntos em Cotton Club, são
Constance e Edward Sumner. Casados há 11 anos, eles têm
um filho de 8 (o carismático Erik Per Sullivan), um cachorro,
moram numa bela casa no subúrbio nova-iorquino e parecem
felizes. Mesmo assim, ao esbarrar acidentalmente em Paul Martel
(Martinez) provavelmente o livreiro mais sexy da história
, Constance não consegue resistir e arrisca seu casamento
num romance para lá de erótico. Temerosa no início,
ela acaba perdendo o controle da situação e fica obcecada
por Paul. A partir daí, a vida dos Sumner é invadida
por mentiras, culpa, violência e medo mas nada comparado
ao suspense de Atração Fatal.
Com
cenas esteticamente bem trabalhadas e poucos diálogos, marca
registrada da direção de Lyne, o filme ganha em plasticidade,
mas não se aprofunda o suficiente. O destaque fica para a
atuação sensível e convincente de Diane Lane.
Sobra plasticidade
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