Saudada com otimismo no início da década de 90, a
tevê por assinatura sofre com a estagnação na
quantidade de assinantes. Nos últimos tempos, houve uma quase
paralisação do setor: de 3.441.875 assinantes em 2000
para 3.495.799 em setembro de 2001 (ainda não há dados
consolidados do ano inteiro). O principal motivo é
o estado geral da economia, já que esse tipo de produto sofre
muito com problemas nessa área. Mas o modelo de negócio
no País não parece adequado à realidade brasileira,
diz Alexandre Annenberg, diretor-executivo da Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA).
No
Brasil, o modelo prevê a competitividade. Em São Paulo,
por exemplo, TVA e Net construíram redes superpostas servindo
às mesmas ruas. Como não conseguem grande penetração,
por dividirem os consumidores, investem em canais exclusivos para
conquistar assinantes. Caros, eles oneram as mensalidades, o que
afasta clientes, especialmente da classe C tanto que a adesão
chega a apenas 15% nesse segmento. Além disso, a programação
importada não interessa tanto a essa classe. Seria bom haver
mais conteúdo nacional, principalmente local, afirma
Annenberg. As soluções para a crise, espera a ABTA,
virão das discussões que a entidade está promovendo
entre operadores, programadores e fornecedores.
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