Quando a norte-americana Sheryl Crow lançou seu primeiro
álbum, Tuesday Night Music Club, em 1993, despejando
nas rádios e festinhas o hit All I Wanna Do
com um dos refrãos mais envolventes de toda a música
pop dos anos 90 a impressão que se criou era de que
ela se tornaria uma colecionadora compulsiva de sucessos radiofônicos.
Passados nove anos, a cantora já lançou mais quatro
discos o quinto, Cmon, Cmon, acaba de
chegar ao mercado. De lá para cá, Crow não
lançou nenhuma canção com o mesmo impacto de
All I Wanna Do, mas construiu uma carreira sólida
e coerente, atraindo a admiração de um público
semelhante ao que idolatra Alanis Morissette e de colegas com mais
estrada. Tanto que seu quarto disco, Sheryl Crow and Friends:
Live in Central Park, traz participação de pesos
pesados do rock, como Eric Clapton, Keith Richards (Rolling Stones)
e Chrissie Hynde (Pretenders).
Em
Cmon, Cmon, a cantora reaparece mais roqueira,
amplificando o volume das guitarras. Já na primeira faixa
ela mostra o cartão de visitas com a envenenada Steve
McQueen em homenagem ao ator homônimo, que na
opinião de Crow, representa um arquétipo da
liberdade de espírito. Entre as participações,
destacam-se Lenny Kravitz (em Youre an Original)
e a atriz Gwyneth Paltrow (que não compromete em Its
Only Love). Cmon, Cmon não foge
ao que Crow mostrou até hoje em sua carreira, e com isso
deve agradar os fãs da cantora. Rockn roll
para garotas
|