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28/01/2002
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JUSTIÇA
O incerto futuro de Chicão
Nancy Ribeiro, mãe de Cássia Eller,
rompe silêncio e defende Eugênia Martins no momento em que seu ex-marido
reivindica tutela do neto sob o argumento de que Chicão testemunha
consumo de drogas em casa
Juliana
Lopes e Luís Edmundo Araújo
Adriano
Machado/O Dia |
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A
histórica decisão judicial que deu a guarda provisória
de Chicão, filho de Cássia Eller, a Maria Eugênia
Vieira Martins, companheira da cantora por 14 anos, pode sofrer
uma reviravolta. Na quarta-feira 23, o pai de Cássia, Altair
Eller vai requerer oficialmente a tutela do neto. É o início
de uma batalha na Justiça que promete ser das mais polêmicas
e pode selar definitivamente a cisão da família Eller.
A mãe e os irmãos de Cássia defendem que o
menino seja criado por Eugênia. Depois de dizer que brigaria
pela guarda de Chicão, voltar atrás e reconsiderar
novamente sua decisão, Altair Eller contratou o advogado
Ricardo Leitão, que tentará impugnar a liminar favorável
a Eugênia no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A liminar foi concedida pelo juiz Leonardo Castro Gomes da 1ª
Vara da Infância e Juventude, na terça-feira 8 de janeiro.
Alessandra
Piedras |
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Com
o advogado, Ricardo Leitão, após depoimento à polícia na sexta-feira
18. Altair Eller disse que na casa de Cássia havia consumo de
maconha e droga injetável |
O argumento
central de Altair é que há consumo de entorpecentes
na casa de Cássia e Eugênia, inclusive na frente de
Chicão, de 8 anos. Esta foi a tônica do depoimento
do pai da cantora à polícia carioca, prestado na quinta-feira
17 durante quase três horas. Altair teria presenciado essas
cenas no período de quase dois meses que passou na casa da
filha ano passado. Estamos nesta luta buscando um ponto em
comum e vamos ver se conseguimos chegar a um acordo, declarou
Altair a Gente, após o depoimento. O
senhor Altair disse ao delegado que havia consumo de drogas na frente
de Chicão. Uma delas era maconha e a segunda, injetável,
ele não conseguiu identificar. Mas viu que as seringas ficavam
jogadas no chão, diz Ricardo Leitão, dono de
um elegante escritório em Higienópolis, bairro classe
média alta de São Paulo. Filho de pastor, ex-professor
de Direito da Universidade Mackenzie, onde lecionou durante oito
anos, notório avesso às drogas, cigarro e bebida,
ele cultiva boas relações com integrantes da Tradição
Família e Propriedade (TFP), organização que
defende valores conservadores.
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