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23/07/2001
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CAPA
Angélica depois de soltar os demônios
A apresentadora passa de menina superprotegida
a mulher superpoderosa e diz que agora tem a segurança de pedir
para sair do ar se estiver insatisfeita na tevê
Vivianne
Cohen e Leandro Pimentel (fotos)
Desde
os 13 anos, Angélica acostumou-se a conviver com as obrigações
da vida adulta. Trabalhava duro até de noite, tinha uma agenda
repleta de responsabilidades e era cobrada por resultados. Não
teve tempo nem para se rebelar contra tudo e todos, atitude comum
na adolescência. Os momentos de rebeldia aconteceram somente
aos 24 anos. Também estavam fora de época. Angélica
já era adulta. Mas, marcar posição deu início
a uma fase mais madura da loirinha. Depois de passar por inúmeros
questionamentos, tomou as rédeas da carreira e da vida. De
menina superprotegida a mulher superpoderosa, agora, a três
anos de chegar aos 30, Angélica ensaia sua grande virada.
Hoje não tenho mais medo. Se tiver que quebrar a cara,
vou quebrar. Mas vou aprender.
O
primeiro passo foi morar sozinha. Contratada pela Rede Globo, Angélica
trocou São Paulo pelo Rio de Janeiro há cinco anos.
Nos primeiros meses, seus pais Angelina e Francisco se dividiam
na ponte aérea. Queriam prolongar ao máximo o momento
de cortar o cordão umbilical. Até que, por iniciativa
dela, o dia chegou. Angélica se viu sozinha numa cobertura
triplex de frente para a praia da Barra da Tijuca, na zona oeste
da cidade. Foi duro. Ela chorou, sofreu, se desesperou. Mas mesmo
diante de problemas domésticos, não dava o braço
a torcer. Procurava resolvê-los. Ainda que tivesse que desistir
e pedir uma pizza ao ser confrontada com a geladeira vazia. Era
um misto de dor e prazer. Mas pensava: ô covarde, as mudanças
acontecem na vida da gente.
Na
vida de Angélica, as transformações são
muitas. A mais recente surpreendeu a todos. Depois de um conturbado
namoro de três anos com o cantor-ator Maurício Mattar,
ela pôs um ponto final na história. E, diferentemente
das outras vezes em que terminaram, desta vez a apresentadora garante
que não tem volta. Não houve briga. Sentamos
e conversamos, diz. Hoje, ela afirma que não tem medo
de enfrentar o mundo. Tanto que bateu pé até conseguir
aprovar o projeto do tão sonhado programa semanal para adolescentes
na Globo. Enquanto ele não sai do papel, dedica-se a outras
mudanças na sua vida. Algumas ousadas. Trocou a Sony, pela
qual gravou todos os seus discos, pela Universal e pretende viajar
pelo País fazendo shows com seu recém-lançado
13º CD. Sem playback e com uma banda no palco. Mudança
de postura e de visual. As coxas grossas e os fartos cachos no cabelo
são coisa do passado. Emagreceu oito quilos e vive de barriguinha
para fora. Enfim, uma nova mulher. Quero que seja um momento
de virada, aposta.
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