• Em 1998, a Microsoft foi acusada de violar a legislação norte-americana por prática de monopólio (controle de mercado). O Departamento de Justiça dos EUA e mais 20 Estados movem processo contra a empresa, acusando-a de usar o Windows para reforçar sua posição no mercado de browsers (programa de navegação na Internet). Desde 1991, a companhia vinha sendo investigada por suspeita de monopolizar o mercado de sistemas operacionais. No lançamento do Explorer, a Microsoft tentou obrigar os fabricantes de micros (PCs) a instalar seu navegador no lugar do Netscape Navigator, sob ameaça de não vender o Windows 95. O objetivo era aproveitar a presença do Windows em 90% dos PCs do mundo. Na época, o software da Netscape era utilizado em 75% dos computadores conectados à Internet. Por tentar essa venda casada, a Microsoft foi acusada de violar as leis antitruste americanas e, em 1997, condenada a pagar multa de US$ 1 milhão ao dia se insistisse na prática. A companhia passou então a entregar versões antigas do Windows aos fabricantes de PCs, fazendo com que as máquinas novas saíssem de fábrica com software desatualizado.

• Em janeiro de 2000, advogados do governo norte-americano, que estudam formas de limitar a influência da Microsoft, sugeriram a divisão da companhia em três partes. O argumento era de que qualquer medida mais amena seria inadequada.

• Em abril, ffracassou a negociação entre a Microsoft e as autoridades antitruste dos EUA. No dia 3, a Microsoft foi considerada culpada de práticas monopolistas no mercado de programas de navegação para a Internet. A decisão provocou queda nas ações da empresa, o que arrastou o índice Nasdaq, do setor das companhias de alta tecnologia em Nova York.

• Gates anunciou que tentaria um acordo amigável, mas que iria recorrer da decisão. No dia 28 de abril, o Departamento de Justiça dos EUA e 17 Estados que processavam a Microsoft pediram ao juiz responsável pelo julgamento da ação, Thomas Jackson, que a companhia fosse dividida em duas. Uma seria responsável pelo sistema operacional Windows, que segundo o juiz federal foi o produto utilizado pela companhia para exercer o seu poder de monopólio. A outra cuidaria dos negócios restantes. A proposta tinha o objetivo de desvincular a venda do Windows a dos softwares da Microsoft – principalmente o pacote Windows-Office –, criando maior concorrência no setor. No dia 3 de maio, a Microsoft afirmou que a proposta de divisão da empresa era radical e provavelmente não seria acatada pela Corte de Apelações. A empresa alegou que a divisão significaria retrocesso para consumidores, indústria e para a economia dos EUA.

• A fim de evitar a divisão da empresa, a Microsoft anunciou no dia 17 de maio que estaria disposta a vender o Windows para fabricantes de computadores que utilizam programas de outras empresas e a fornecer informações técnicas sobre o funcionamento do seu sistema operacional a desenvolvedores de software.
• Detalhes do caso: www.usdoj.gov/atr/cases/ms_index.htm e www.microsoft.com/presspass/trial/