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Logo Magnet Palm m515
Heinar Maracy, da Macmania

Palm M515

Depois de anos de uso diário, meu velho Palm foi gradativamente perdendo a utilidade. O primeiro golpe foi a troca de Mac. Com o Mac velho eu já era obrigado a usar uma gambiarra para converter o cradle serial de PC em serial de Mac, usando o cabo de um velho modem 14.400. Com a chegada do iMac, tive que comprar um adaptador serial/USB, o que transformava cada HotSync numa loteria para ver quem ia dar pau a cada vez. A gota d'água foi o Mac OS X e a falta de um Palm Desktop para ele (a versão final só saiu poucos dias antes deste artigo ser escrito).

O fato é que agora temos novos modelos de Palms na praça, coloridos, cheios de memória, capacidade de expansão e (finalmente!!) bercinho (cradle) USB. Confesso que andava meio desiludido com o Palm, achando que o Palm OS 4.1 na verdade deveria se chamar 1.4, dada a falta de novidades em relação ao sistema original. Em time que está ganhando não se mexe? Pode ser, mas a Microsoft, lanterninha no mercado de PDAs, mexeu bastante no seu Windows CE e conseguiu abocanhar uma bela fatia que pertencia à Palm.

Seria o Palm uma ferramenta imprescindível, como eu acreditava quando comprei o meu? Até que consegui me virar usando apenas o Palm Desktop (um ótimo freeware de agenda, mesmo para quem não tem um Palm) e, depois, o Entourage. Acabei perdendo a fé no Palm como organizador pessoal porque, se você é um cara desorganizado (como eu), não é um PDA que vai botar ordem na sua vida. Cedo ou tarde, você vai acabar se esquecer de anotar algo importante no Palm, ou esquecendo de fazer o HotSync, ou de trocar a pilha... O Palm ajuda (e muito), mas ajuda mais tomar vergonha na cara e ter disciplina para anotar compromissos pessoais, seja lá onde for.

Por outro lado, sempre babei por vários programinhas que não rodavam no meu Palm velho com apenas 2 MB de memória. O teste com os novos modelos iria finalmente servir para ver se existe a tal "killer application" para o Palm. Sim, ela existe! Não é algo para todo tipo de usuário, mas para mim, representa um ótimo motivo (ou desculpa) para torrar uma grana em um Palm: dicionários. Quem costuma ler livros em inglês antes de dormir e já se deparou com uma palavra desconhecida ­ que o fez amaldiçoar a falta de um dicionário à mão com um botão de Find ­ sabe do que estou falando. Baixei o Ultralingua e instalei imediatamente no m515. Era tudo o que eu precisava. Uma pesquisa rápida revelou que existem dezenas de programas semelhantes para inglês, alemão, francês, italiano e até português. Ótimo para quem usa o método ³meta a cara e saia lendo o que tiver pela frente² de aprendizado de idiomas. Imagino que em uma viagem eles devam ser bem úteis também.

Fiquei meio frustrado com os joguinhos, tirando o excelente Race Fever, que não é nenhuma novidade. A maioria são versões de jogos de tabuleiro, cartas ou RPG; ótimos passatempos, mas nada muito adrenalizante. A culpa deve-se, em grande parte, à velocidade do processador, ou melhor, à falta dela. Estacionado nos 33 MHz, o chip Dragonball da Motorola dá conta das funções de um organizador pessoal, mas não é nenhum bólido. Mas não vamos reclamar da velocidade dos chips da Motorola; para isso temos o resto da revista. O fato é que, em termos de joguinhos, fico com o Game Boy.

Também esperava mais recursos multimídia. O som do Palm ainda é raquítico, digno dos tempos do Atari. Não grava voz (a Palm promete isso para um próximo modelo) nem toca MP3 (fora o Clié, da Sony, o Palm mais multimídia da praça). Sim, você pode passar filminhos e ver fotos, mas isso já era possível no Palm III há quatro anos. Sim, existem câmeras de vídeo, fotográficas e até um aparelho para transformar seu Palm em um editor de música com timbres MIDI. Mas são soluções que exigem uma grana extra.

Parece-me que a estratégia da Palm tem sido manter a plataforma o mais básica possível e deixar a adição de novos recursos para os fabricantes de periféricos ou licenciados, o que é um problema para usuários no Brasil, onde boa parte desses gadgets não chega. Gostaria de ver também um guia das ruas de São Paulo em um Multimedia Card; essa seria outra "killer application" para o Palm e um bom uso para o slot de expansão.

Outro filé que ainda não é para a nossa boca é o acesso wireless. A Palm Inc. está conversando com operadoras brasileiras para trazer ao Brasil o i705, um modelo que fica o tempo inteiro conectado e notifica o usuário da chegada de email acendendo LEDs ao lado da antena wireless. O problema é que as contas não estão batendo, a implantação do sistema teria um custo muito alto. Mas ainda há esperanças. No dia em que a Palm anunciar a chegada do i705, estarei na fila para comprar o meu.

Um adaptador para 802.11 (mais conhecido entre nós como AirPort) está a caminho (já existe um para o Visor, o Palm da HandSpring, que não tem representante no Brasil). Para quem tem AirPort no trabalho ou em casa, como eu, é uma ótima. Além de consultar o dicionário, poderia navegar e baixar email da cama, sem ter que abrir o PowerBook e acordar a patroa.

O m515 tem um design estiloso, idêntico ao Palm V, mas em metal escuro com botões prateados, bastante anatômico e "magrinho", cabendo em qualquer bolso. Um botão translúcido serve para ligar e ainda acende quando está carregando a bateria. Além dos alarmes sonoros, ele também tem um "vibracall" discreto. Tirar o Palm do novo cradle USB é uma experiência traumática. Ele só sai com um puxão forte que deixa você com a impressão de que algo se quebrou. O Palm Desktop 4 funciona às mil maravilhas, tanto no Mac OS X quanto no OS 9. Só não é possível instalá-lo nos dois sistemas. Toda vez que você abrir o Classic, os dois Hotsync Managers vão bombar espetacularmente.

O Hotsync via infravermelho ainda está meia-boca. Só funcionou na velocidade mais baixa no OS 9. No OS X, não rolou. O Palm m515 vem com 16 MB de memória e uma coleção generosa de programas: AvantGo (browser offline), DocumentsToGo (editor de arquivos Word e Excel), Palm Reader (leitor de eBook), PhotoSuite (para ver fotos e filminhos) e PowerOne Calculator (calculadora científica), entre outros. Infelizmente, a maioria dos conduítes não está disponível para o OS X. A conexão com o Mac poderia melhorar também. Sonho com o dia em que poderei botar o Palm no cradle (FireWire, é claro) e ele montar no meu Desktop. Jogaria meus documentos de Word ou SimpleText sobre ele e eles seriam automaticamente convertidos e "uploadados". Já que a Apple não vai mesmo ressuscitar o Newton, podia dar uma mãozinha para a Palm nesse aspecto. Afinal, PDAs fazem ou não fazem parte do tal "hub digital"?

Prós:

  • Tela brilhante
  • 16 MB de memória
  • Boa capacidade de expansão

Contras:

  • Caro
  • Fraca capacidade multimídia
  • Ainda sem solução wireless


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Ficha

Empresa
Palm

Versão
m515

Preço
R$ 1.399


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