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Programa de Informática pode fracassar em MG

Quarta, 27 de fevereiro de 2002, 17h29

Começou na última sexta-feira a segunda fase do ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação), do Ministério da Educação. Criado para levar as novas tecnologias às escolas públicas de todo o Brasil, o programa beneficiou, na primeira fase, mais de 250 instituições de Minas Gerais. Nesta segunda fase, 253 escolas devem receber 1.738 computadores até 31 de março próximo. Porém, o ProInfo tem sinais evidentes de estar numa corda bamba, com sério de risco de cair no descrédito, especialmente em Minas Gerais.

Uma conjunção de fatores leva diretores, professores, pais e alunos a questionarem a eficiência do programa. A primeira fase do ProInfo é tida, pela maioria, como um fracasso. Para comprovar, basta visitar as escolas beneficiadas a partir de 97. Indicadas pela própria Secretaria de Estado da Educação, essas instituições guardam computadores parados, alguns encaixotados, outros empilhados e muitos em péssimo estado de conservação, em meio a livros e pilhas de papéis.

O quadro acima parece inacreditável? Mas é real e, para piorar, algumas cidades do interior podem revelar "aberrações" maiores. Em Conceição do Mato Dentro, por exemplo, os computadores já chegaram, porém, a rede elétrica precária da escola não permite que funcionem.

Diante da tamanha ineficiência que o programa tem demonstrado até agora no Estado, parece até que se trata de um projeto feito às pressas e carente de recursos. Ao contrário, criado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação à Distância (SEED), através da portaria nº 522, de 9 de abril de 1997, em parceria com os governos estaduais e alguns municipais, o ProInfo já consumiu mais de R$ 113 milhões, destinados à capacitação de professores e compra de equipamentos.

É bem verdade que os computadores foram comprados e, pelo que se tem notícia, todos chegaram às escolas-destino. Algumas escolas de Belo Horizonte até dispõem de laboratórios de informática bem montados, com mobiliário adequado. Contudo, esses espaços raramente ou nunca são utilizados pelos alunos. O argumento das próprias diretoras é que faltam professores capacitados para instruir os alunos no uso do equipamento e também que saibam aproveitar a tecnologia como ferramenta de ensino em várias disciplinas.

A Secretaria de Estado da Educação (SEE) rebate garantindo que tornou disponível e ainda oferece cursos de capacitação para os professores da rede pública ensinarem informática ao alunos. Os professores, por sua vez, defendem-se alegando que o curso teve baixa frequência, pois as exigências do ProInfo restringiam o acesso deles.

O diretor do Centro de Recursos Tecnológicos e coordenador estadual do ProInfo, Paulo Mário Paiva Silveira, concorda que o treinamento é oferecido a poucos professores mas retruca: "Conforme prevê o projeto, cabe a eles compartilharem o conteúdo com os colegas".

Ao mesmo tempo em que a secretaria desmente a ineficiência do projeto, admite que está em fase de ajustes. Além disso, Silveira alega que o órgão não tem como capacitar todos os professores e que também não pode bancar a assistência técnica dos computadores, sugerindo que voluntários são bem vindos.

O coordenador geral do ProInfo no Brasil, Cláudio Salles, não só contesta o fracasso como afirma que o Ministério da Educação tem acompanhado sistematicamente o programa no sentido de garantir o uso eficiente dos computadores, a educação continuada dos professores e até evita casos isolados mais graves, como desvios de equipamentos para atender gabinetes de políticos em algumas cidades.

Para piorar, em Minas Gerais a informatização das escolas públicas virou um coquetel de projetos de diversas alçadas. Anterior ao ProInfo, o Governo do Estado iniciou outro programa similar, com o detalhe de que teria alcançado mais escolas do que o ProInfo e também, segundo as diretoras de instituições de ensino, teria mais falhas. Assim, hoje fica difícil para o cidadão distinguir quem é que está pisando na bola.

Parece que houve escorregões de ambos os lados, inclusive do próprio ProInfo, cuja equipe se posiciona como injustiçada diante das críticas. "Conhecemos as feridas e tentamos corrigir os problemas mas, no geral, o programa tem obtido sucesso", reafirma Salles. Não é exatamente o que diz uma auditoria do Tribunal de Contas da União.

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