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Tipos fazem dos corredores da Bienal a passarela dos mortais

Domingo, 04 de fevereiro de 2001, 03h30min

Quem tem a chance de ir à Bienal para acompanhar os desfiles do SP Fashion Week percebe que não é só nas passarelas que os looks são extravagantes. Os corredores ficam lotados de "tipos", que chamam a atenção mesmo não sendo vips ou modeletes.

As combinações são as mais espalhafatosas e há quem queira seguir a tendência de qualquer jeito. Com os rumores de que o rosa iria reinar novamente neste inverno, muita gente pegou o que tinha no guarda-roupa e vestiu só para entrar na onda "pink" consagrada por Alexandre Herchcovitch. Saias, blusas, bolsas, mules, tamancos, sandálias, lenços. Valia estar com qualquer coisa rosa só para fazer-se passar por "in".

Uma dupla masculina usando ternos tipo toureiros espanhóis causou risos e atraiu olhares com seus chapéus de penas de estilo Daniel Bum, mas que cobriam as costas. Isso, logo no primeiro dia do evento.

Os punks também estão na semana de moda paulistana. Calças de couro, camisetas rasgadas, cabelos moicanos, alfinetes de segurança e coturnos lembram a Londres dos Sex Pistols ou a Nova York dos Ramones.

Ainda há os clubbers. Um rapaz curtia a azaração em uma camisa branca cheia de corações de cetim pendurados por todos os lados. Meia-arrastão cortada pelos joelhos, com minissaia, polaina e tênis foram uma tentativa nada interessante de imitar Madonna em início de carreira.

Até um chapéu do tempo em que Boy George fazia sucesso pregava a volta dos anos 80. Em meio a tantos estímulos, as mulheres viraram as barras de suas calças jeans para atingir o comprimento das cigarretes, tão em voga nas coleções outono/inverno. Enquanto os homens, na contramão, também viraram as barras num estilo meio James Dean - só faltou mesmo trocar os tênis por sapatos de couro.

Isso tudo contrastando, ainda, com quem realmente já antecipa o buxixo. Não faltam os sapatos fechados de bico fino, os lenços amarrados na cabeça, na cintura ou no pescoço, decotes e estampas geométricas.

Os corredores da Bienal têm sido, definitivamente, a passarela dos mortais.

Reuters

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