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Sábado, 21 de junho de 2003, 11h02

Danielle Winits: "Sou engraçadinha"
Divulgação/Globo

Quando teve de optar por um nome artístico, Danielle Winitskowski não teve dúvidas. Abreviou o impronunciável sobrenome de origem russa e adotou simplesmente Winits. A ascendência eslava parece ainda mais distante quando a atriz esbanja sua recente morenice em Kubanacan. Na novela de Carlos Lombardi, Danielle Winits interpreta a conflitada Marisol. Uma mulher sonhadora e ambiciosa, que foge da aldeia de pescadores onde sempre viveu para tentar uma vida nova na capital.

"A mudança física foi necessária porque ela é uma mulher simples, que cresceu na praia, pegando sol e com os pés no chão. Não tinha como ser uma lourinha delicada", explica a atriz.

Em comum com a extensa lista de loiras voluptuosas que já encarnou na telinha, a primeira personagem morena de Danielle tem um forte apelo sensual. De fato, Marisol não deixa nada a dever para a exuberante Tatiana, de Uga Uga, a estabanada Alicinha, de Corpo Dourado, e a atrevida Diana, de Cara & Coroa. Muito menos às composições de época - como a vedete Suzette, de Chiquinha Gonzaga, e a cortesã Manoela, de O Quinto dos Infernos.

Para Danielle, contudo, a diferença vai muito além da cor da pele ou das madeixas. "A Marisol é mais dramática e madura. A primeira mãe que interpreto na tevê", valoriza a atriz de 29 anos.

A considerar os elogios que vem recebendo por sua atuação, Danielle começa a conquistar a maturidade artística. Em boa hora. Afinal, a atriz completa 10 anos de televisão - sua estréia foi em Sex Appeal, em 93 -, contabilizando oito novelas e quatro minisséries no currículo, fora participações especiais.

"O trabalho do ator é um aprendizado permanente. Um pouquinho a cada dia. Mas cada personagem é um mergulho no escuro, que pode dar certo ou não. A diferença é que a experiência diminui o risco de errar o tom", filosofa.

Em dez anos de carreira, todos as suas personagens na tevê tiveram um forte apelo sensual. A Marisol de Kubanacan também é assim. Essa reincidência não a deixa restrita?
Não. Na minha leitura, as personagens podem ser sensuais, mas são muito diferentes. Uma dançarina de cabaré, uma aprendiz de policial, uma garota de praia... São personagens de universos diferentes que têm um componente sensual que é da própria mulher. A mulher é sensual por natureza. Isso não me agride de forma nenhuma. Só me leva a ter de criar mais elementos. Na verdade, a sensualidade é a única coisa que minhas personagens têm em comum. A Manoela de O Quinto dos Infernos, por exemplo, era movida pela vingança, a Alicinha de Corpo Dourado era meio enlouquecida e engraçada... O ator é quem faz os personagens. Levo humanidade aos papéis e não só o estereótipo sensual.

E você se considera sensual?
Para ser sincera, não me acho uma mulher sensual. Acho que sou engraçadinha! Me cuido bastante porque minha imagem é meu trabalho. As pessoas têm uma imagem minha de mulher moderna, sensual, fatal, por causa das personagens. Na vida real, sou muito mais pela espontaneidade do que pela máscara da sensualidade. Acho que a espontaneidade é a melhor arma de sedução. Mas a gente aprende a lidar com a sensualidade no trabalho, quando necessário, e procuro tirar de mim o melhor nesse sentido.

Então, como você concebeu a Marisol?
A personagem tem uma sensualidade própria da terra tropical em que ela vive. Está embutida nas cenas e surge naturalmente quando a Marisol toma banho, quando dança, quando se imagina cantando e fazendo sucesso no cabaré. Mas esse não foi o principal elemento para a minha composição. Acima de tudo ela é uma mulher simples, batalhadora, que tem sonhos, como todas as mulheres, e tem uma vida afetiva malresolvida. Também é a primeira vez que eu tenho filhos em novelas.

Ela tem dois filhos e fez dois abortos...
O lado maternal dela é muito forte e foi o que mais pesou no meu entendimento da personagem. O drama da Marisol está ligado aos filhos que ela teve e que deixou de ter. Mas acho complicado falar de aborto. É uma questão muito polêmica... Sou atriz para interpretar, não para julgar a conduta das minhas personagens. O que mais me ajudou nessa composição foi a minha relação com meu irmão, Vítor, de dois anos. Fui ter um irmão com 27 anos! Nunca havia tido nenhum convívio íntimo com crianças. Foi uma experiência fundamental para estreitar este laço com os atores que fazem meus filhos. Isso me trouxe uma espontaneidade maior para lidar com a maternidade na novela.

Você teve alguma preocupação para se ambientar na década de 50?
A linguagem foi minha maior preocupação, porque não dá para falar as gírias do nosso tempo. Mas como o Lombardi não teve a intenção de ser fiel à época eu me sinto mais livre. Acho bacana não haver imposições porque todo o universo da trama é mesmo fictício. Até assisti a alguns filmes para me inspirar. Mas coloco na Marisol apenas um cheirinho dos anos 50. De resto, entrei o mais neutra possível porque não precisava de composição.

Como assim?
Não houve necessidade de fazer um laboratório e eu não precisava me inspirar em alguém ou buscar uma forma muito elaborada para a personagem. Esta forma veio com o texto e o próprio drama da vida dela. A Marisol é romântica e, ao mesmo tempo, tem um gênio bem difícil. Como é o contraponto dramático da novela e eu só me permito entrar na comédia quando está explícito no texto.

Você tem preferência por comédia ou drama?
Adoro fazer comédia. Mas sou atriz e gosto de mudanças. O ator precisa ser camaleônico e não posso ter uma preferência. Em Kubanacan, por exemplo, eu tenho um desafio a mais, que é voltar a fazer par romântico com Marcos Pasquim, só que numa situação dramática. Em Uga Uga nós fizemos comédia rasgada. Tenho um carinho especial pela comédia. No drama eu já entro fundo na personagem, chego em casa e tenho de dar uma espairecida. É mais penoso. Mas afinal, esse é o grande exercício do ator.

Com a reviravolta na vida da Marisol, você já começa a dançar e cantar em cena. Isso exige algum cuidado especial?
Não. Para mim é fácil cantar e dançar porque faço musicais há muito tempo e sou formada em dança. Também conheço bem o universo da vedete dos tempos da peça Cabaré Brasil e da minissérie Chiquinha Gonzaga. É um clima espalhafatoso e contido ao mesmo tempo, em função da época.

E em Kubanacan você volta a participar de uma produção de Carlos Lombardi e Wolf Maya...
Com o Wolf eu tenho trabalhado tanto na tevê quanto no teatro. Agora mesmo encerramos temporada com um musical da Broadway. Só tenho tido alegrias em poder dividir esses momentos com ele. Acho que é um encontro muito bacana, de gosto profissional, de afinidade... Um encontro de almas. Já com o Lombardi é meu terceiro trabalho. E não me importa as pessoas dizerem que sou a queridinha do autor. Amo o Lombardi de paixão. Ele é um profissional que só me acrescenta.

A considerar os 38 pontos de ibope, a novela vai bem... Como tem sido a repercussão nas ruas?
Tem sido bárbara! Esse trabalho exige um esforço muito grande, tanto físico quanto mental. Todas as tramas do Lombardi têm muita ação, diálogos rápidos... Não dá tempo nem de pensar! Mas é uma história gostosa de se ver no vídeo. Além disso, as pessoas adoraram me ver morena! É uma mudança radical depois de muitos anos e foi bem trabalhosa. Escureci o cabelo, botei lentes cor-de-mel para combinar e peguei sol como nunca na vida! Agora, faço bronzeamento artificial para manter a cor. Engraçado é que foi só ficar morena que passaram a me elogiar... As pessoas ainda têm preconceito contra as louras. Mas vai se fazer o quê?

Ao completar 10 anos de tevê, qual é a sua auto-avaliação como atriz?
É difícil dizer... A gente tem de passar no teste a cada personagem. Com o trabalho se adquire prática e experiência. Mas cada dia é um aprendizado. Pode parecer piegas, mas é isso que acontece. A cada personagem você vai apreendendo e mudando sua visão de trabalho e de mundo. Talvez hoje eu mudasse algumas coisas que vi que não deram certo no passado e outras deixaria igual. Estou sempre me testando. O ator é um bicho que vive a base de testes. E esse é o barato da profissão: descobrir a cada dia uma nuance nova, um enfoque diferente para o personagem.

Aplausos em família

Filha única de uma família de classe média do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, Danielle Winits sempre gostou de ser o centro das atenções. Quando pequena, invadia o armário da mãe e colocava roupas e sapatos muito acima do seu número. Devidamente maquiada e paramentada, ia para a sala fazer seu show particular. "Na verdade, eu era uma chata que obrigava a todos a assistirem às minhas performances!", reconhece, aos risos.

Os aplausos suspeitos da família, contudo, só a incentivaram. Danielle fez aulas de balé por 11 anos e, ainda na adolescência, decidiu que seria atriz. Entrou no Teatro Tablado e na Oficina de Atores da Globo.

Três meses depois, já debutava na minissérie Sex Appeal, de Antônio Calmon, em 93. A trama - sobre os bastidores de um concurso para revelar uma nova "top model" - não emplacou. Mas fez despontar carinhas belas e promissoras, como Luana Piovani, Camila Pitanga e Carolina Dieckmann, além da própria Danielle, então com 19 anos. "Foi um grande aprendizado", resume, sem conseguir fugir ao lugar-comum.

Na seqüência, Danielle Winits atuou em outras produções de Calmon, como Olho No Olho, em 93, Cara e Coroa, em 95, e Corpo Dourado, em 98. A primeira novela de Carlos Lombardi foi Uga Uga, em 2000. O papel da destrambelhada e voluptuosa Tatiana lhe valeu o convite para fazer O Quinto dos Infernos, em 2002.

Pouco depois de interpretar a vingativa - e também voluptuosa - Manoela, Danielle já estava reservada para a produção seguinte do autor - Kubanacan -, que sequer tinha nome na época. "Tenho o maior orgulho de trabalhar com esses autores, que são alto-astral e sempre escrevem personagens interessantes", enaltece.

Apelo de época

Kubanacan é a terceira produção de época de Danielle Winits na televisão. Antes da novela ambientada nos anos 50, a atriz já tinha participado das minisséries Chiquinha Gonzaga, em 99, e O Quinto dos Infernos, em 2002.

"Época é sempre um trabalho mais rebuscado por conta da pesquisa, da linguagem, da reconstituição dos cenários, arte, figurino... Mas compensa pelo resultado final", acredita.

Na minissérie de Lauro César Muniz sobre a vida de Chiquinha, Danielle interpretou Suzette Fountain, rival fictícia da compositora brasileira. A vedete disputava com a personagem-título - vivida por Gabriela Duarte, na primeira fase - o amor de João Baptista, de Carlos Alberto Ricceli. Após uma passagem de tempo -Chiquinha Gonzaga cobriu os períodos de 1853 a 1877 e de 1889 a 1935 -, Danielle entregou Suzette para Suzana Vieira e passou a encarnar a recatada Helena, filha da vedete. "Antes da minissérie, não tinha a menor idéia de como era aquele tempo. Era um universo muito distante de mim", confessa.

Segundo Danielle, a parte mais trabalhosa não foi criar dois tipos tão diferentes. Mas passar horas no camarim para encaracolar as madeixas tingidas de vermelho e vestir as pesadas roupas de época. "Esta é sempre a parte mais chata", conforma-se a atriz, que repetiu o mesmo ritual em O Quinto dos Infernos.

Para viver a cortesã portuguesa Manoela, Danielle engordou 4 Kg. Também clareou os cabelos já pintados de loiro e adotou lentes de contato azuis. "Tinha de ficar roliça e bem branquinha. A composição visual faz parte do processo. É preciso mudar para não cansar o público", justifica a atriz - que, além da exposição na telinha, é alvo freqüente das revistas de fofoca por conta dos sucessivos namoros com famosos, como Sérgio Marone, André Segatti, Selton Mello, Marco Mastronelli, Carlos Casagrande, Fernando do BBB...

Roberta Brasil/TV Press
            


 
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