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Sexta, 06 de junho de 2003, 07h00

Beatriz Segall como a vilã Odette
Roitman de Vale Tudo
Foto: Basílio Calazans / TV Globo

Veja as fotos dos personagens marcantes da tevê

Na hora de justificar a composição de seus personagens, muitos atores dizem partir de suas próprias características e experiências de vida, buscando as semelhanças e diferenças com os papéis. Noutras vezes, emprestam a eles traços de sua personalidade e trejeitos no andar, falar ou gesticular.

Há casos, no entanto, em que é o personagem quem deixa marcas em seu intérprete, muitas vezes até anos depois de colocado um ponto final em seu destino. Pode ser um hábito adquirido durante o trabalho, a mudança de patamar na carreira ou, o que é mais comum, uma imagem que insiste em não se desgrudar de seu nome e de sua face.

Em alguns casos, um grande sucesso momentâneo pode se transformar num "fardo" que o ator é obrigado a arrastar por anos a fio. Intérprete da vilãzona Odette Roitman em Vale Tudo, de Gilberto Braga, Beatriz Segall garante que só vê vantagens em ter ficado na mente das pessoas com a pergunta "Quem Matou Odette Roitman?".

Mas não esconde seu desconforto em ainda ter de falar sobre a personagem 15 anos e tantos trabalhos depois. "Não diria que me atrapalhou. Apenas me cansa ficar falando do mesmo assunto por tantos anos", queixa-se.

Rosana Garcia é outra que até hoje é abordada nas ruas pelos fãs de Narizinho, que interpretou durante cinco anos numa das muitas versões do Sítio do Pica-pau Amarelo. Longe da tevê desde O Sexo dos Anjos, de 1989, a atriz enxerga dois lados no sucesso da personagem. "O bom é ser sempre lembrada com carinho pelas pessoas. Mas o trabalho me marcou demais, dificultou até o surgimento de novos convites", reconhece.

Vera Zimmermann, que atualmente interpreta a Açucena de Jamais Te Esquecerei, só lamenta que sua "divina Magda", de Meu Bem, Meu Mal, em 1990, não tenha vindo um pouquinho mais tarde. "Fiz sucesso numa época em que ainda tinha muito para aprender. Continuei me preparando, mas ninguém se lembra de meus outros trabalhos", avalia.

Pior que o esquecimento é sofrer as comparações entre um personagem no ar e um trabalho anterior. É o que vem acontecendo com Marisa Orth e Miguel Falabella em Agora É Que São Elas. Público e crítica não os deixam esquecer de Magda e Caco, o impagável casal do Sai de Baixo, exibido ao longo de seis anos. "É claro que as pessoas vão dizer que está igual. Faz parte da natureza humana", desdenha Marisa, que garante não se importar com as cobranças. "Sempre que me oferecerem um papel bom, ele será aceito, e vai tomar o lugar do anterior", garante.

O companheiro de cena parece não encarar o fato com tanta naturalidade. "Quem diz que está igual não se deu ao trabalho de ver a novela. Uma coisa não tem nada a ver com outra", esbraveja Falabella.

Nem sempre, no entanto, a associação a um personagem é uma herança negativa. Stênio Garcia, que reviveu Bino na nova versão de Carga Pesada, gosta de ver que o caminhoneiro não foi esquecido. E até lucra com isso. "Ao longo de todos esses anos, faço uma média de três a cinco comerciais por ano de produtos para o mercado de caminhões", exemplifica.

Ney Latorraca também adorou ter seu eterno vampiro Vlad relembrado em O Beijo do Vampiro, onde apareceu "reencarnado" como Nosferatu. "O Vlad não foi esquecido até hoje e considero o Nosferatu uma homenagem do Calmon ao meu trabalho", vangloria-se.

Mas sangue frio mesmo teve Carolina Kasting. Protagonista de Brida, exibida pela extinta Manchete em 1998, a atriz herdou o desagradável título de estrela de uma novela tirada do ar antes de chegar ao fim. Mesmo assim, a intérprete de Laura, de Mulheres Apaixonadas, sempre lembra o lado bom da experiência.

Depois de trabalhar com o diretor Walter Avancini na fracassada trama, ela ganhou um papel em Malhação e logo depois foi convidada para o elenco de Terra Nostra. "Sempre digo que fui a única beneficiada com 'Brida'. Cresci muito profissionalmente", acredita.

Um lugar no passado
Alguns grandes sucessos parecem não dar tanto trabalho aos atores que pretendem se "desgrudar" deles. Depois de viver a Camila, de Laços de Família, Carolina Dieckmann ficou dois anos afastada de novelas e comerciais. A Globo não queria que sua imagem - símbolo da campanha pela doação de medula deflagrada na novela - fosse associada a outras personagens. Ao assumir a Edwiges, de Mulheres Apaixonadas, a atriz tentava afastar as comparações.

"A Camila foi muito especial, mas agora ela tem de ficar lá, no cantinho dela", diz sobre a expectativa de repetir o sucesso. De fato, a julgar pela recepção do público ao casalzinho Edwiges e Cláudio, vivido por Erik Marmo, a atriz conseguiu mesmo deixar para trás a imagem da sofrida personagem.

Outra que parece passar ilesa pelo sucesso das personagens é Giovanna Antonelli. Depois de estourar como a garota de programa Capitu, de Laços de Família, a atriz encarou um verdadeiro fenômeno de audiência na pele de Jade, de O Clone. Quando ia estrear como a guerreira Anita, de A Casa das Sete Mulheres, não parava de citar a "passagem" anterior. "Quando saí da Capitu para a Jade, sempre me perguntavam se não tinha medo das comparações. Elas sempre vão ser lembradas, mas eu vou partir para outras", assegura, tranqüila.

Instantâneas
# Fernanda Rodrigues "herdou" vários hábitos de Sukhi, a amiga da personagem de Sandy em Estrela-Guia, de 2001. "A novela acrescentou muito à minha busca pela harmonia. Aprendi a meditar, a respirar corretamente, sei ler tarô e sempre tenho um incenso por perto", enumera a atriz.
# Nem sempre o personagem que marca pessoalmente o ator é o que fica na memória do público. Lembrada por suas mulheres doces, Eva Wilma cita sempre sua personagem em Negro Léo, um especial dirigido por Paulo Ubiratan. "Fiz uma prostituta do mangue. Algo bem desafiador para o que vinha mostrando na tevê", justifica.
# Maitê Proença reconhece que nunca mais teve um papel tão importante quanto a protagonista de Dona Beija, exibida pela Manchete em 1986. Mesmo assim, o público ainda a confunde com a personagem-título de Marquesa de Santos, que ela interpretou na mesma emissora em 84. "As duas são personagens de época, o público acha que são a mesma coisa", diverte-se.
# Christiane Torloni acha que a Helena de Mulheres Apaixonadas vai ter conseqüências maiores que as de qualquer "simples" protagonista em sua carreira. "A Helena do Manoel Carlos virou um símbolo da nossa dramaturgia. O peso não é ser a protagonista da novela das oito, mas ser uma Helena", valoriza.

Renata Petrocelli / Tv Press
            


 
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