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Segunda, 26 de maio de 2003, 18h20

Almir Chediak: perda no
mundo da música
Divulgação

Almir Chediak será enterrado nesta terça-feira
Namorada diz que não viu Almir Chediak ser morto
Produtor musical Almir Chediak é assassinado no Rio de Janeiro

Familiares e amigos de Almir Chediak não se conformam com a morte brutal do produtor musical, assassinado a tiros na noite deste domingo, 25.

Radicado em Três Corações (MG), o mineiro Braz Chediak, diretor de filmes como Bonitinha mas ordinária e Perdoa-me por me traíres, é primo de Almir e ajudou o parente no início de sua carreira: "É uma perda imensa para música brasileira. Era um aglutinador e muito respeitado. Ele inclusive começou sua carreira no cinema, quando, em 1970, indiquei ele para fazer a trilha do filme Vale do Canaã. Almir fez a música e eu a letra", recorda-se com saudade o diretor.

O músico Yassír Chediak, filho de Braz, também manteve laços estreitos com o produtor. "Foi ele quem me ensinou meus primeiros acordes no violão. Foi uma influência muito forte na minha vida. Era um cara que só pensava em música e esse trabalho dos songbooks não pode parar, porque seria uma perda para a música mundial, já que os trabalhos dele são encontrados até no Japão", defende o primo de Almir.

O pianista João Donato foi um dos que ganhou um songbook do produtor. "O Rio perdeu o significado para mim sem o Chediak. E o Brasil perde uma pessoa que trabalhou pela música de qualidade. Era um camarada muito doce, generoso. Tá todo mundo arrasado", lamenta Donato.

E foi num disco do pianista, Remando na raia, produzido por Almir, que o Chediak gravou sua voz numa música pela primeira e única vez, na faixa Homenagem ao malandro (de Chico Buarque). "Ele cantou apenas para me ajudar a gravar a base da música. Mas eu achei interessante o resultado e pedi pra ele deixar assim mesmo. Depois ele ficou todo feliz porque mostrou pra Nana Caymmi e disse que se ela aprovou era porque não cantava tão mal assim", conta João Donato.

O cantor Djavan foi outro que também teve sua obra registrada num songbook do produtor. Além de uma figura querida, a importância de Almir para a música é destacada por todos: "Uma das contribuições do Almir Chediak foi tornar acessível para um grupo de pessoas especializadas, como músicos e afins, obras de compositores onde os livros editados sobre o assunto até então difícilmente correspondiam à realidade. Eu, por exemplo, fui beneficiado nesse sentido", reverencia Djavan.

Próximos trabalhos

Segundo apurou o JB Online, o produtor musical Almir Chediak já preparava seus próximos projetos, que seriam os songbooks de Ivan Lins e Dori Caymmi, e com ambos já vinha mantendo contato. Por telefone, direto de Los Angeles, onde mora há 13 anos, Dori, filho de Dorival Caymmi, lamentou a perda: "Morre mais gente no Brasil do que em guerra! Mataram ele sem mais nem menos! É uma agressão ao Brasil e às pessoas que fazem alguma coisa séria. Papai está abaladíssimo", desabafa o cantor.

O novo projeto ainda não tinha sido divulgado mas já estava em andamento, conta Dori, que se encontrou com o produtor há 15 dias, no Dia das Mães, na residência de Dorival, em Copacabana. "Pedi pro Almir para aparecer por lá e entreguei para ele uma partitura para o songbook. Além do meu, ele estava começando também o do Ivan Lins", conta Dori.

Almir Chediak fundou a editora Lumiar em 1988, por onde lançou 18 songbooks, com as partituras, cifras e entrevistas de nomes como Ary Barroso, Tom Jobim, Djavan, Dorival Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Vinicius de Moraes e Rita Lee.

O último a ser lançado foi o de Braguinha (em abril de 2002), popularmente conhecido como João de Barro, e o próximo seria o de João Bosco, que já está concluído e chegaria às lojas no final de junho.

Desde 1991, os songbooks de Almir passaram a ser acompanhados de CDs produzidos por ele, com faixas interpretadas por outros artistas e sem a participação do homenageado. Dori revela que o produtor queria mudar esta fórmula a partir do próximo lançamento: "Ele pensava em vender esses discos de participações separadamente do songbook. Com a publicação, viria um CD do próprio artista homenageado, com arranjos simples, o que seria muito mais interessante do ponto de vista do aprendizado do ouvinte", diz.

JB Online
            


 
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