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Domingo, 05 de janeiro de 2003, 09h27
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Thiago Lacerda e Giovanna Antonelli
protagonizam a trama (TV Press)
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Um épico de guerra recheado de paixões. É com essa explosiva mistura - e um elenco que tem Thiago Lacerda e Giovanna Antonelli entre os principais atores - que a Globo lança sua minissérie. A Casa das Sete Mulheres é ambientada no período da Revolução Farroupilha, entre 1835 e 1845. E estréia, dia 7 de janeiro, com fome de sucesso. Os autores Walter Negrão e Maria Adelaide Amaral pretendem reeditar a ótima audiência alcançada por A Muralha, de Maria Adelaide, no verão de 2000. Além disso, a direção é de Jayme Monjardim, que ainda ouve os ecos do estrondoso sucesso da novela O Clone, de Glória Perez. "Temos nas mãos uma história grandiosa por si mesma e tentamos corresponder. Se o destino é o sucesso, ou não, quem vai dizer é o público", simplifica Jayme.A considerar as numerosas cenas de batalha, gravadas em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, não vão faltar seqüências de ação e belas imagens dos pampas. Mas a Guerra dos Farrapos, tida como uma das páginas mais sangrentas da história do país, é apenas o pano de fundo para uma outra história. A de sete mulheres que esperam durante dez anos numa estância pelo fim dos conflitos e a volta definitiva dos homens à família. "O heroísmo dos homens nas batalhas é um fato histórico que vamos explorar. Mas escrevemos principalmente com a alma feminina - pela ótica de mulheres que descobrem o amor, a dor da solidão, das perdas e separações", diz Maria Adelaide, que assina com Negrão uma adaptação livre da obra homônima de Letícia Wierzchowki.
As sete mulheres do título são vividas por Eliane Giardini, Bete Mendes, Nívea Maria, Daniela Escobar, Mariana Ximenes, Samara Felippo e a estreante Camila Morgado, como a doce Manuela, a primeira paixão de Giuseppe Garibaldi, vivido por Thiago Lacerda. Giovanna Antonelli interpreta Anita, a paixão definitiva do revolucionário italiano. Também estão no elenco Luís Melo, Murilo Rosa, Juliana Paes, Thiago Fragoso, José de Abreu, Marcello Novaes, Jandira Martini, Dalton Vigh e Tarcísio Filho, entre outros. Além deles, o ator gaúcho Werner Schünemann foi convidado para viver um dos protagonistas, o líder da Revolução Farroupilha Bento Gonçalves. "Essa é uma oportunidade única na vida de um ator. Agarrei-me a ela com unhas e dentes e estou completamente tomado pelo trabalho", exalta Werner, que contabiliza mais de 20 anos de carreira dedicada principalmente ao cinema. Não é apenas Werner que se diz "possuído" pelo papel que interpreta. Thiago Lacerda não titubeia ao dizer que Garibaldi é o personagem da sua vida. Poderia parecer "clichê" se o ator não relatasse, entusiasticamente, vários detalhes sobre a vida do revolucionário que unificou a Itália. Na verdade, desde que interpretou o Matteo de "Terra Nostra", em 1999, o ator vem dedicando-se a pesquisar a vida de Garibaldi. "Sou fascinado por heróis e ele é o último herói romântico da História. Tinha certeza de que um dia o viveria. Sempre que encontro o Jayme, eu agradeço por isso", conta, com os olhos verdes vidrados. A preparação do elenco começou dois meses antes das gravações, com aulas de montaria e luta com espadas, lanças e facas. Além disso, os atores aprenderam a atirar com garruchas e tiveram aulas de prosódia e habilidades específicas, como tricô e bordado para as mulheres. A fase inicial também incluiu palestras com historiadores e especialistas em cultura gaúcha. Depois, seguiram-se 45 dias de gravações por quatro cidades do Rio Grande do Sul - Pelotas, São José dos Ausentes, Cambará do Sul e Uruguaiana. Ao todo, 2.500 pessoas - incluindo gaúchos e cavaleiros negros, recrutados para a figuração - participaram das gravações no Sul do país. "Todos embarcaram na história e não teve sol, chuva ou tempo ruim que roubasse o entusiasmo da equipe", elogia Jayme. Ele mesmo, conhecido pela boa sorte e intuição que o ajuda a registrar belas imagens, como pôr-do-sol, temporais repentinos, arco-íris e gaivotas em revoada. Veja também:
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Roberta Brasil
TV Press
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