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Bianca Castanho quer virar logo uma vampira

Domingo, 13 de outubro de 2002, 15h22

Bianca Castanho levou um susto ao ler o perfil da fisioterapeuta Ciça de O Beijo do Vampiro. Afinal, a história da personagem, guardadas as devidas proporções, é muito parecida com a da própria atriz. Isto porque Ciça, a exemplo de Bianca, uma gaúcha de Santa Maria, cidade a 270 km de Porto Alegre, é daquelas moças do interior que sonham em ganhar a vida na cidade grande. "De boba, a Ciça não tem nada. Apesar da pureza típica, ela corre atrás do que acredita", valoriza a atriz.

Na trama de Antônio Calmon, Ciça põe seu lindo pescocinho em risco ao namorar o sedutor Victor, interpretado por Gabriel Braga Nunes - que contracenou com Bianca em Terra Nostra, sua estréia na TV, em 98. Na novela de Benedito Ruy Barbosa, ela vivia a "ragazza" Florinda e ele, o mulherengo Augusto, marido de Angélica, personagem de Paloma Duarte. Dona de expressivos olhos verdes e sorriso cativante, Bianca temia que o rosto bonito se tornasse um empecilho para outros papéis que não o da heroína romântica. Mas ela já exerceu a veia cômica em Uga Uga e despertou a ira dos adolescentes em Malhação. "Quero viver mulheres rebeldes, de temperamento difícil etc. Não tenho vontade de ser a boazinha profissional", garante.

Por isso mesmo, ela não esconde que adoraria que Ciça fosse vampirizada - e logo! - por Victor. Só assim, teria a chance de pôr em prática o que aprendeu assistindo a fitas e mais fitas sobre vampiros. Não que o autor tivesse feito qualquer recomendação. Mas Bianca alugou diversos filmes do gênero, como Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, e Entrevista com o Vampiro, de Neil Jordan, na esperança que fosse escalada para viver uma das "sanguessugas" da novela. Quando soube que faria uma fisioterapeuta, trocou as visitas às locadoras pelas clínicas de reabilitação. Na Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, a ABBR, acompanhou o trabalho de profissionais da área para evitar gafes nas gravações. "Volta e meia, ouço críticas de fisioterapeutas que não são bem retratados em novelas. Corri atrás para não fazer bobagem", pondera, perfeccionista.

De fato, o perfeccionismo é uma das características marcantes de Bianca Castanho. Quando estreou em Terra Nostra, ela aproveitava o intervalo das gravações para dar uma espiada no trabalho de outros atores. Foi assim que chamou a atenção do veterano Raul Cortez, que a convidou para fazer um teste para a Cordélia de Rei Lear. Aprovada, Bianca se saiu tão bem como a filha afetuosa do monarca, deserdada justamente por seu excesso de retidão, que ganhou o Prêmio Qualidade Brasil 2000 na categoria revelação. "Até hoje, não esqueço da única vez que contracenei com o Raul Cortez: tinha a boca seca e tremia dos pés à cabeça", ri.

E de pensar que por pouco, muito pouco mesmo, Bianca teria seguido a carreira de fonoaudióloga. Ela já estava no primeiro ano da faculdade quando recebeu um convite do diretor Tônio Carvalho para fazer uma das oficinas de atores da Globo. Sete meses antes, ela havia participado de um "workshop" promovido por Tônio em Porto Alegre porque a mãe, a decoradora Lígia, insistiu muito. "A vida inteira quis ser atriz. Mas, quando cresci, a vontade passou. Sei lá, fiquei tímida de uma hora para outra", confessa. E foi por insistência da mãe também que Bianca topou viajar para o Rio. "Chorei a viagem toda. Não sabia se era realmente aquilo o que eu queria para mim", recorda.

Hoje, aos 23 anos, Bianca acha graça das dúvidas que sentiu no início de carreira. Mesmo realizada profissionalmente, admite que a profissão é difícil e traz algumas dores-de-cabeça. Uma delas é a superexposição. Para não perder a privacidade, a atriz evita noitadas e badalações. Prefere o circuito "teatro-cinema-jantar". Reservada nas declarações, ela se limita a dizer, por exemplo, que namora há dois anos e meio e que o namorado não pertence ao meio artístico. "Não gosto de entrar em detalhes sobre minha vida particular. A gente tem de saber se preservar", enfatiza.

Saudade dos Pampas
Bianca Castanho é a primeira a admitir que ganhou projeção na Globo de forma repentina. Não é todo dia que um novato estréia em plena novela das oito. Mais importante do que estrear bem, é administrar bem a carreira. Assim que concluiu a oficina de atores, ela se matriculou no curso universitário de Teatro. Nas horas vagas, enriquece o currículo com cursos de jazz, canto e sapateado. "Quanto mais completo o ator, melhor. Assim, ele pode fazer qualquer trabalho", acredita.

Mas nem todo esse corre-corre atenua a saudade de sua cidade-natal. Sempre que arranja uma brecha nas gravações, arruma as malas e viaja para o Sul. Quando não consegue, Bianca não tem outra coisa a fazer senão tomar chimarrão e lembrar dos muitos churrascos de que participou em Santa Maria. "O que mais sinto falta é da casa cheia. Isso é quase uma tradição lá no Sul", recorda.

Sem família no Rio, Bianca alugou um apartamento no Leme, na Zona Sul da cidade, onde mora sozinha. Na Cidade Maravilhosa, já incorporou um hábito tipicamente carioca: caminhar pelo calçadão da praia. Quando tem gravação no Projac, costuma sair de casa com uma hora de antecedência para evitar o estresse do "rush". "Sempre fui uma pessoa tranqüila, mas, de vez em quando, tenho lá minhas explosões. Chega uma hora que ninguém agüenta", reconhece.

Por essas e outras, Bianca não abre mão de passar o Natal e o reveillon em companhia dos pais e dos irmãos, Diego e Paula. Ano passado, quando conciliou a novela Malhação com o espetáculo Rei Lear, chegou a ficar oito meses sem ver o pai, o médico Paulo. "Não corro o risco de me deslumbrar com a fama por causa da minha estrutura familiar. Sempre fui pé-no-chão", gaba-se.

Instantâneas

  • A primeira aparição de Bianca na tevê foi no episódio Plano B do Você Decide. Nele, a atriz fazia a namoradinha de um traficante da Zona Sul do Rio.
  • A estréia da atriz no cinema não foi tão auspiciosa quanto a no teatro. Bianca fez uma participação discretíssima em A Partilha, de Daniel Filho. "Mas foi o suficiente para deixar o gostinho de quero mais", ressalva.
  • Bianca promete nunca mais fazer teatro e tevê ao mesmo tempo. Ano passado, ele morria de medo de atrasar uma sessão de Rei Lear por causa das gravações de Malhação. "Sou muito CDF", define.
  • Quando fez a sórdida Valéria de Malhação, Bianca vivia ouvindo queixumes do tipo: "Você me dá uma raiva, hein?" ou "Pára de fazer maldades, menina!". "Era sinal que estava funcionando como vilã", consola-se.

    André Bernardo / TV Press

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