Os atores da série Scrubs não fazem rir apenas na telinha. Durante uma coletiva de imprensa hoje em São Paulo, Zach Braff (J.D.), Donald Faison (Chris Turk), Sarah Chalke (Elliot Reid) e Judy Reyes (Carla Espinosa) mostraram que se divertem em tempo integral. » Veja as fotos dos atores de Scrubs na entrevista
"A química entre nós foi extraordinária desde o primeiro encontro", garantiu Judy Reyes.
Eles estão no país para participar de um almoço com cinco fãs brasileiros, vencedores de uma promoção do canal Sony, que exibe o programa às terças-feiras, às 21h30. Eles irão conhecer São Paulo e Rio de Janeiro, onde ficam até o dia 12. Como todos os turistas que chegam por aqui, os atores estão curiosos para ver a cidade maravilhosa: "Ouvimos falar muito da beleza natural de lá e de São Paulo também". Ao ouvir os risos irônicos quando citou a suposta "beleza natural" de São Paulo, o ator brincou: "Tudo bem, as pessoas aqui são simpáticas e o hotel em que estamos hospedados é ótimo!".
A segunda temporada de Scrubs começa em novembro, cercada de expectativas, já que o sucesso do programa é grande. Neste ano, eles receberam duas indicações para o Emmy Awards nas categorias Melhor Casting para Séries de Comédia e Melhor diretor para Séries de Comédia (Marc Buckland).
Apesar de não levarem o prêmio, os atores se mostraram completamente encantados com a indicação. "Estamos muito surpresos e excitados com a reação que o programa trouxe. É muito mais do que eu sonhava, afinal há um ano eu trabalhava como garçom. Nós já nos sentimos tão sortudos que ganhar o Emmy seria até excessivo", contou Zach Braff. No entanto, a possibilidade de receber o prêmio não é descartada num futuro próximo: "Nos Estados Unidos é difícil um programa ter esse reconhecimento na primeira temporada, mas esperamos ficar tempo suficiente no ar para ganharmos".
A série que conta o atrapalhado cotidiano de um grupo de jovens médicos é sucesso entre a classe nos EUA. "Ficamos sabendo até de uma aluna de enfermagem que se revoltou quando o professor marcou aula no horário do programa", contou Zach. Donald Faison acha bom misturar humor na dureza do dia-a-dia dos médicos: "A maioria das séries como E.R. trata os médicos como super-heróis. A nossa acaba sendo mais realista, afinal toda tragédia tem um pouco de comédia".
O intérprete do dr. Chris Turk era o mais desinibido do grupo. Logo no início da coletiva ele pegou o microfone usado pelos jornalistas para fazer perguntas e levava para cada um. Sarah também brincou um pouco, mas logo voltou ao seu lugar. Uma modelo veio excercer a função e Zach não perdeu a oportunidade de brincar com Donald: "Ainda bem, ela é mais bonita que você".
O clima entre eles é de companherismo e humildade, dentro e fora do set de gravações: "Bill Lawrence (o criador da série) institui desde o início a política do sem babaquice. Fazemos um trabalho coletivo e nos gostamos muito, mas quando um ego começa a se destacar, os demais chamam a sua atenção e o lembram o quanto somos sortudos em ter tudo isso", disse Zach.
"As pessoas dos outros programas dizem que é raro um clima de trabalho como o nosso, e que na segunda temporada isso vai acabar, mas eu acho que não", diz Sarah. Judy concorda: "Nós conseguimos essa química fazendo uns aos outros rirem. Até demoramos para fazer as cenas por causa disto".
O grupo comemorou a participação no especial A Very Merry Muppet Christmas Movie. "Você sabe que chegou ao sucesso quando trabalha com a Miss Piggy", brincou Zach. Judy disse que a simpática porquinha é uma da maiores heroínas dela. No episódio Piggy vai para Hollywood, a personagem dos Muppets consegue uma ponta como atriz em Scrubs, mas seu personagem é um cadáver. Inconformada, ela fica tentando um diálogo com os médicos, mas eles só repetem sarcasticamente "você está morta", enquanto a aspirante a atriz tenta convencê-los do contrário e se destacar em cena.
Escatologia
A interação entre elenco e produção é tão grande que chega a criar situações escatológicas. "Bill chegou no set com uma jarra de pé de porco e picles, oferecendo US$ 100 para quem conseguisse comer o máximo em cinco minutos. Um membro da equipe comeu e ganhou US$ 700. Ele contou que o segredo era pensar nos tacos de golfe que conseguiria comprar com o dinheiro", contou Zach.
Agora eles fazem toda sexta-feira uma aposta no estilo Fear Factor, programa exibido nos Estados Unidos semelhante ao global Hipertensão. Uma das mais recentes consistia em lamber a unha do pé de algum deles besuntada de molho de pimenta Tabasco. O resultado da prova ninguém contou.
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