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O Beijo do Vampiro quer fugir de comparações com Vamp

Sábado, 24 de agosto de 2002, 15h43

Dez anos depois de Vamp, Antônio Calmon volta a escrever uma novela sobre vampiros. Mas as semelhanças entre Vamp e O Beijo do Vampiro, que estréia na próxima segunda, dia 26, ressalva o autor, limitam-se ao enfoque cômico. Os vampiros da próxima novela das sete são do tipo "politicamente correto". Para não amedrontar o público, eles usam protetor solar, bebem sangue engarrafado na Escócia e não mordem crianças, idosos ou gestantes. Dessa forma, o autor planeja abocanhar o pescoço do maior número possível de telespectadores. "Vamp fez sucesso entre os jovens e tornou-se 'cult' pela mídia. Infelizmente, não atingiu o público mais fiel das telenovelas: as donas de casa", lamenta Calmon.

Por conta disso, O Beijo do Vampiro pretende conciliar tramas sobrenaturais com outras, mais realistas. O fio condutor da novela é a história de Lívia, interpretada por Flávia Alessandra. A personagem entra em desespero quando o marido morre e ela descobre que o sujeito perdeu uma fortuna em negócios escusos. Viúva e com três filhos, ela se vê obrigada a lutar pela sobrevivência da família. "A Lívia é uma mulher valente, destemida. Costumo dizer que ela é uma mistura da Malu Mulher com a Mulher Maravilha", compara a atriz.

Paralelamente às dificuldades financeiras, Lívia descobre que está envolvida na eterna luta do Bem contra o Mal. Na verdade, Lívia é a "reencarnação" da princesa Cecília, a eterna paixão do vampiro Bóris, interpretado por Tarcísio Meira. Os dois se conheceram na Europa do Século XII, quando Bóris disputou o amor da princesa com o Conde Rogério, personagem de Thiago Lacerda. Nas duas vezes em que enfrentou seu arquiinimigo, Rogério levou a pior. "Só perdi o duelo porque lutei com o Tarcísio Meira", consola-se Thiago.

Tarcísio Meira, aliás, é um dos mais animados com a nova novela. Com olhar demoníaco e dentes afiados, Bóris vive perseguindo a heroína da história ao longo dos séculos. A composição do personagem promete assustar quem se habituou a vê-lo como o eterno galã da Globo. "As coisas que esse Bóris faz são incríveis. Ele possui poderes impressionantes, como fazer as pessoas sumirem ou voar de um lugar para o outro", enumera, garboso.

Mas Bóris não está sozinho. Ele veio ao mundo acompanhado por uma horda de vampiros, como a fogosa Mina, vivida por Cláudia Raia, ou o sedutor Victor, interpretado por Gabriel Braga Nunes. "A personagem é um barato. Ela pode tudo porque não é realista. É uma mulher extremamente engraçada", avisa Cláudia Raia, grávida de dois meses. Já Victor faz a linha "bad-boy do além". Metido a galã, gosta de vagar pela noite em busca de "menininhas de sangue quente". Os dois atores vão usar próteses desenvolvidas pelo dentista Marcelo Fonseca, fundador da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética. "Elas incomodam um pouco, mas não é nada grave. Requer apenas um pouco de prática", reconhece Gabriel.

O velho embate entre vampiros e mortais vai acontecer na paradisíaca Maramores. A cidade cenográfica de O Beijo do Vampiro foi construída num terreno de 6 mil metros quadrados, que inclui delegacia, prefeitura e, é claro, um cemitério. Segundo os cenógrafos José Cláudio e Eliane Heringer, a arquitetura de Maramores foi inspirada em Praga, na República Tcheca, para dar a impressão de lugar colonizado por imigrantes do Leste Europeu, mais precisamente da Romênia, terra natal do Conde Drácula. "Criamos vários becos e vielas para que os vampiros pudessem entrar em ação à vontade sem serem vistos", brinca José Cláudio.

Mais do que de emboscadas de vampiros na calada da noite, Marcos Paulo sente calafrios só de pensar no horário de verão, período em que, normalmente, há uma queda no número de televisores ligados no horário. Munido de crucifixo e água benta, o diretor promete ficar atento ao "share" - audiência que considera apenas o universo de televisores ligados. "A meta é sempre ficar acima de 50%", avisa, confiante.

Legado do Mal

Quando a Globo confirmou o nome de Marcos Paulo como diretor da suposta continuação de Vamp, uma legião de telespectadores enviaram e-mails de protesto para a emissora. Não era justo que ele assumisse a seqüência de uma novela dirigida originalmente por Jorge Fernando. Logo, Calmon veio a público para desfazer o mal-entendido. Ele ressalva que a Globo só aceitou fazer O Beijo do Vampiro se a novela não fosse uma Vamp 2. "É a mesma coisa que fizesse um filme de caubói e, dez anos depois, resolvesse fazer outro. A abordagem é diferente", defende-se Calmon.

Mesmo assim, as comparações são inevitáveis. Vamp narrou a história do Conde Vladymir Polanski, um hilário vampiro interpretado por Ney Latorraca, e sua obsessão por Natasha, uma cantora de rock vivida por Cláudia Ohana. No decorrer da novela, Vlad descobre que, em vidas passadas, Natasha foi Eugênia, sua amada imortal, que preferiu ficar com Rocha, a "encarnação" do Capitão Jonas, personagem de Reginaldo Farias. Uma das preocupações de Marcos Paulo foi não repetir o elenco de Vamp. "Essa foi a primeira iniciativa para distinguir bem as novelas", enfatiza.

A decisão, porém, entristeceu alguns atores de Vamp. Ney Latorraca é um deles. O ator chegou a ter o nome cogitado para atuar na novela, mas sua escalação foi rejeitada pelo próprio Calmon. "O Ney é um ator extraordinário, mas eu precisava de um vampiro mais romântico e sombrio", explica. Mais conformado, Ney admite que não vê a hora de O Beijo do Vampiro estrear. "Com certeza, a novela vai ser ótima, porque o Calmon tem um texto maravilhoso. Estou ansioso para ver", confessa o ator.

Instantâneas

  • As primeiras cenas de O Beijo do Vampiro foram gravadas no Castelo Almourol, patrimônio pertencente ao Exército Português, situado na cidade Vila Nova da Barquinha, a 150 km de Lisboa, em Portugal.
  • As armaduras medievais utilizadas nas cenas de "flash-back" foram feitas em fibra de vidro. Nas cenas de batalha, foram destruídas três das sete armaduras. Cada uma delas pesa oito quilos em média.
  • O efeito especial mais utilizado na novela é o "morf". Através do recurso de manipulação de imagens, ele faz a passagem dos dentes comuns para os pontiagudos e da cor dos olhos naturais para as lentes coloridas.
  • Para viver a Mina envelhecida, a atriz Cláudia Raia fica três horas à disposição do maquiador Westerley Dornellas. Ela recebe 23 próteses de látex na mão e outra, inteiriça, que vai do peito até o couro cabeludo.

    Veja também:
    » Especial sobre a novela

    André Bernardo / TV Press

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