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Adriana Lessa vira sinônimo de "mãe" na TV brasileira

Sábado, 03 de novembro de 2001, 11h43

"É o nono filho que vou ter só na Globo"
(Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias)

Adriana Lessa está virando sinônimo de "mãezona" na televisão. Apesar da aparência jovem - a idade ela não revela de jeito algum - e de não ter filhos na vida real, essa bela paulistana está se especializando em fazer tipos maternos. Em O Clone, ela está interpretando a simpática Deusa, a responsável por dar à luz o clone de Lucas, personagem de Murilo Benício. Só que esta é a quinta vez que Adriana faz uma gestante na televisão. Seja em novela ou minissérie, lá está Adriana "sofrendo" com as dores do parto e cuidando de seus "herdeiros" fictícios. "É o nono filho que vou ter só na Globo. Fico feliz por ter imprimido uma certa credibilidade em relação a este emocional denso", diz a atriz.

A "fertilidade" dramatúrgica de Adriana começou no seriado Retrato de Mulher, em 1991. Os partos e choros foram crescendo e continuando nas minisséries Chiquinha Gonzaga e Aquarela do Brasil e na novela "Terra Nostra". Foi justamente na trama de Benedito Ruy Barbosa que a atriz ficou mais em evidência ao interpretar a escrava Naná. Logo no primeiro capítulo, ela deu à luz o filho de Gumercindo - Antônio Fagundes. A cena, carregada de emoção, foi marcante para Adriana e chegou a contribuir para o retorno da personagem no meio da novela. "A força que foi imprimida na personagem possibilitou mais oportunidades na trama. E até então não havia imprimido uma imagem na tevê. Até hoje me chamam por Naná na rua", enaltece.

Com um jeito contido e um vocabulário mais refinado, Adriana acaba passando mesmo um ar de mãe. Influência da Deusa de O Clone ou não, a atriz deixa transparecer esse lado ao comentar os cuidados e preocupações com outro tipo de "cria": a personagem. Quando foi chamada para a novela de Glória Perez, Adriana ficou espantada com o filho que Deusa ia ter. "Fiquei muito preocupada quando soube que seria mãe de uma pessoa que tem a minha idade", reconhece.

Mesmo sem saber como será sua composição na passagem de tempo que vai marcar a terceira fase de O Clone, Adriana resolveu encarar o papel. "Também fiquei assustada em fazer de novo uma 'mãe', mas depois vi que era uma oportunidade maravilhosa, pois a Deusa tem nuances diferenciadas", pondera. Uma das características que mais atraiu Adriana foi a dança. Na trama, a personagem é uma pé de valsa da chamada dança de salão e recentemente numa cena deu um verdadeiro show fazendo passos de tango ao lado de Roberto Bonfim, que faz o Edvaldo na novela. "Ainda mais porque a Deusa encontrou seu amor através da dança e a dança une as pessoas", filosofa.

Para dançar em cena, Adriana não teve grandes problemas. Desde o início da carreira de atriz, com o grupo de teatro de Antunes Filho, ela trabalha o corpo com a dança. "A personagem ficou bem adequada. A Glória ficou feliz e satisfeita com minha disponibilidade corporal para executar o que ela está escrevendo", valoriza. Só que a dança de Deusa acaba deixando em evidência outra característica que parece "perseguir" Adriana em seus personagens. Afinal dança tem a ver com música e a música esteve presente em vários momentos da atriz na tevê. Além de apresentar o Dance MTV, em 1991, Adriana atuou em Chiquinha Gonzaga e Aquarela do Brasil com personagens relacionados com a música.

Para Adriana, que é cantora, a música acaba ajudando na composição dos personagens. Com Deusa não foi diferente. "Assim como fiz em 'Chiquinha' e 'Aquarela', busquei referências através da música. A música retrata a sociedade em que você está vivendo de uma forma muito real", acredita. E a "realidade" da personagem também agradou em muito à Adriana. Em vez das costumeiras empregadas domésticas reservadas para atrizes negras, em "O Clone" Adriana acredita que a manicure Deusa tem uma colocação diferente do habitual na tevê. "Ela não tem uma condição social inferior nem um sub-emprego. Isso me chamou a atenção", ressalta, com ares de uma "mãezona" defendendo a sua "cria".

Mudança de planos

Adriana Lessa já teve de desfazer as malas duas vezes por causa de Jayme Monjardim. A atriz, que já trabalhou em duas minisséries e uma novela do diretor, já estava com viagem marcada para Nova Iorque onde ia levar seu material de cantora. Foi quando recebeu um telefonema de Jayme convocando-a para interpretar a Deusa de O Clone. "A novela ia ser dirigida pela Denise Saraceni e como não sabia se ele estava à frente de algum trabalho resolvi ir para Nova Iorque", diz Adriana.

Mas não foi a primeira vez que a atriz teve de mudar de planos em cima da hora. Depois de ter feito uma participação no primeiro capítulo de Terra Nostra, ela estava pronta para ir para a mesma Nova Iorque participar do espetáculo The Blackbird of Broadway. Dias antes de embarcar, porém, outro telefonema a fez mudar de planos. Era Jayme Monjardim avisando que a personagem Naná iria voltar a aparecer na novela de Benedito Ruy Barbosa. Adriana não pensou duas vezes. "Foi uma escolha que me deixou feliz", lembra.

Mas se Adriana não foi à montanha, ou melhor, a Nova Iorque, a "big Apple" veio até a atriz. O espetáculo acabou tendo uma temporada no Brasil do qual Adriana participou. Melhor para a atriz, que reviveu a Naná e até hoje é reconhecida nas ruas pelo papel. "Por mais que me chamem só pela Naná fico feliz, pois dei vida a uma personagem e as pessoas acreditaram nisso", valoriza.

Instantâneas

  • Adriana Lessa começou a carreira no grupo de teatro de Antunes Filho e excursionou pela Europa e Canadá fazendo os espetáculos A Hora e A Vez de Augusto Matraga e Macunaíma.
  • A estréia na televisão da atriz foi na novela Araponga, em 1991.
  • Em 91, Adriana foi chamada por Zeca Camargo para comandar o Dance MTV, programa de clipes de ritmos como hip hop, rap e juju music.
  • Na segunda fase de Chiquinha Gonzaga, onde interpretou a Feliciana, a atriz teve de engordar 30 quilos "de mentirinha", através de maquiagem e enchimentos no figurino.
  • Adriana continua com o projeto de gravar um CD solo, mas antes vai participar do disco Clube do Balanço 2, com direção artística de Bernardo Vilhena.
  • No cinema, a atriz atuou no filme Capitalismo Selvagem, em 1991.
  • Adriana também chegou a apresentar sorteios no programa Super Market, que era comandado por Ricardo Corte Real, na Band.
  • Por pouco a atriz não se tornou jogadora de vôlei. Ela chegou a fazer parte do time do Corinthians. "Fui comparada à cubana Mireya", gaba-se.

    Fernando Miragaya
    TV Press

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