Professor contesta declarações racistas de competidora de No Limite
Segunda, 19 de novembro de 2001, 21h43
Hoje, véspera do Dia da Consciência Negra, mais uma vez, recorria-se à Justiça para coibir o racismo. O professor de Direito Penal Aderlan Crespo, 33 anos, indignado com as declarações da participante do programa No Limite Cláudia Lúcia, no domingo, procurou o Ministério Público estadual e entrou com uma representação para a instauração de um inquérito penal contra a competidora. "Fiquei estarrecido. Ela disse que não gostaria de ver a filha namorando um negro para não ter que cuidar, com henê, do cabelo sarará do neto. E ainda falou, sobre um casal inter-racial, que ele, que é negro, não tinha condições de ter uma gatinha como aquela, loura, a não ser naquelas condições (de isolamento e precariedade) em que se passa o programa", diz o professor. Alheios à polêmica que cercou as declarações da competidora, mas cientes de que o racismo ainda resiste em todas as camadas da sociedade brasileira, os estudantes do alojamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro começavam a discutir temas como a Conferência de Durban, as cotas para negros nas universidade públicas e outras polÃticas alternativas na 1ª Semana da Consciência Negra.
JB Online
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