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Zico lamenta "falta de malandragem" do Japão contra o Brasil

10 nov 2017 - 14h42
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Foto: Reuters

Ícone da transformação do futebol japonês, o ex-craque Zico reiterou que a "a falta de malandragem, no bom sentido" continua como um dos principais obstáculos para que a seleção do Japão se consolide como um das mais fortes do planeta. Ele disse que isso ficou mais uma vez evidente na derrota do time nesta sexta-feira para o Brasil (3 a 1), em amistoso disputado na França.

"No primeiro pênalti, o Yoshida (zagueiro) estava marcando outro jogador do Brasil na cobrança de escanteio. Aí, quando a bola é levantada, o Fernandinho se projeta na frente dele, e tem o agarrão. Um agarrão que me soou mais como 'um sai da frente'. Ou seja, o Yoshida caiu na armadilha do Fernandinho", disse Zico, em entrevista ao Terra.

Para ele, houve rigor na marcação desse pênalti, convertido por Neymar. Com relação ao outro, desperdiçado pelo atacante do Brasil, Zico afirmou que não houve nada de irregular na disputa de bola entre Gabriel Jesus e Yamaguchi.

"É o peso da camisa. Tanto num quanto no outro lance, se fossem lá na outra área, não teria árbitro de vídeo, não teria nada".

O maior ídolo do Flamengo e um dos melhores jogadores de futebol de todos os tempos também opinou sobre a desatenção da zaga japonesa, quando do gol de Marcelo, o segundo do Brasil. "Ficou todo mundo empolgado com a defesa do pênalti (instantes antes) e aí o time esqueceu de marcar os adversários".

Zico treinou a seleção japonesa de 2002 a 2006 e tentou passar para o grupo algumas manhas do futebol. Não teve sucesso.

"Nos treinos, eu às vezes fazia vista grossa e não apitava faltas, lances de mão na bola, saída de lateral. Por quê? Para que eles prosseguissem na jogada. Mas eles paravam e eu tinha de repetir: 'só parem quando ouvirem o apito do juiz'. Mas não adianta. É da cultura, é a educação deles".

Fonte: Silvio Alves Barsetti
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