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Vôlei

Dupla da Noruega ameaça o Brasil no vôlei de praia dos Jogos de Tóquio

Anders Mol e Christian Sorum lideram com folga o Circuito Mundial e esperam dar a primeira medalha olímpica ao país

5 mar 2020 - 04h52
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O vôlei de praia é sinônimo de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos. Em seis edições disputadas (desde Atlanta-1996), o País obteve 13 pódios, com homens e mulheres. No masculino, a dupla Alison e Bruno Schmidt (que estarão em Tóquio com parceiros diferentes) foi campeã no Rio, em 2016. Só que desta vez o time a ser batido é o da Noruega, formado por Anders Mol e Christian Sorum.

Eles fizeram ótima temporada e lideram com folga o Circuito Mundial. Também alcançaram o feito de serem os primeiros medalhistas de seu país no Mundial de Vôlei de Praia. Acabaram perdendo na semifinal para os donos da casa em Hamburgo, Alemanha, e ficaram com o bronze. "Eles jogaram melhor, tinham a torcida a favor, foi bem difícil enfrentá-los. Ainda corremos riscos para tentar vencer. Claro que queríamos o ouro, mas não podemos ganhar tudo", disse Mol ao Estadão.

Aos 22 anos, ele vem de uma família muito ligada à modalidade. É treinado pelo pai e tem o tio como assistente. O foco total é a Olimpíada de Tóquio. "Será nossa primeira vez, queremos jogar bem, mas ao mesmo tempo temos de jogar uma partida de cada vez. Os Jogos Olímpicos têm sido nosso sonho. A Noruega nunca teve um resultado melhor do que o 9.º lugar, então queremos melhorar isso. O objetivo é ganhar o ouro. Seria incrível", afirmou.

O crescimento dessa dupla é nítido a ponto de o brasileiro Bruno Schmidt destacar que eles são os melhores do momento. "Fico feliz que ele tenha dito isso. Ele é uma lenda no esporte, mas apenas treinamos, jogamos e tentamos nos aperfeiçoar a cada dia", comentou Sorum, que tem 24 anos e assim como seu parceiro já disputou partidas da modalidade na quadra. "A chave do sucesso é estar sempre junto, tornar as coisas fáceis e divertidas", avisou.

Por causa do rigoroso inverno e por praticar um esporte muito ligado ao verão e ao calor, eles costumam viajar muito durante a temporada. São cerca de 250 dias por ano longe de casa. "Tivemos algumas lendas antes, mas não somos um país do vôlei de praia. Por causa do clima aqui, temos de viajar para países mais quentes e costumamos ir bastante para a Espanha", lembrou Sorum, feliz da vida por estar deixando um legado na Noruega. "A popularidade do esporte está crescendo agora, as pessoas estão praticando o vôlei de praia, e isso é uma honra para nós."

Em Tóquio, Sorum sabe que o desafio será enorme para uma dupla que estará pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. "Há muitos times fortes, acho que tem 15 duplas que podem vencer o torneio. É uma competição aberta e estão na briga países como Rússia, Brasil, Alemanha, Holanda, Itália e outros. Será uma batalha. Temos de jogar nosso melhor jogo e ver até onde podemos ir", explicou.

Seu companheiro Mol concorda e espera que o evento seja inesquecível. Até porque nas edições olímpicas o vôlei de praia costuma ser uma competição bastante concorrida. "Eu acho que será um dos eventos mais populares dos Jogos. Geralmente os ingressos se esgotam, o Japão tem tradição no vôlei e isso só nos deixa empolgados", disse o atleta, que sonha em fazer história novamente com o pódio em Tóquio.

Estadão
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