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Venda do Milan para chineses pode estar na mira da Justiça da Itália

Operação teria sido fraudada para lavagem de dinheiro

13 jan 2018 - 11h26
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A operação de venda do Milan para o investidor chinês Li Yonghong, concluída em abril do ano passado, pode estar na mira da Justiça da Itália.

Ex-premier italiano Silvio Berlusconi foi dono do Milan por 30 anos
Ex-premier italiano Silvio Berlusconi foi dono do Milan por 30 anos
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

De acordo com uma reportagem publicada hoje (13) pelo jornal "La Stampa", a Promotoria de Milão já tem um inquérito aberto para investigar se a operação de 740 milhões de euros - que previam 200 milhões de euros extras para pagamento de dívidas do clube- possa ter sido fraudada para encobrir lavagem de dinheiro. Li Yonghong é dono da holding Rossoneri Sport Investment Lux, que hoje detém 99,93% do Milan.

O grupo comprou a parte da Fininvest no clube, holding do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi e a qual controlou o time por mais de 30 anos, período em que viveu sua era mais vitoriosa.

De acordo com a reportagem do "La Stampa", o valor da venda teria sido "inflado" em 300 milhões de euros para que uma parte milionária do montante pudesse "retonar à Itália", em uma transação de lavagem de dinheiro.

O inquérito estaria com o promotor Fabio De Pasquale, que já investigou Berlusconi no passado pelos crimes de fraude fiscal em direitos televisivos. No entanto, o Procurador-geral de Milão, Francesco Greco, disse que não há nenhum inquérito do Estado aberto contra o Milan, negando a reportagem do "La Stampa".

Em um comunicado, o jornal garantiu que há provas, obtidas através de duas fontes, sobre a abertura do inquérito.

    A história poderá prejudicar Berlusconi, líder do partido Força Itália, nas eleições marcadas para 4 de março, quando será formado um novo governo no país.

Ansa - Brasil   
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