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Seleção é trampolim para jovens talentos deixarem o País

Após convocação, Lucas Paquetá já foi negociado pelo Flamengo; Grêmio conseguiu renovar com Everton, aumentando multa para R$ 300 milhões

17 out 2018 - 13h25
(atualizado às 13h27)
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O Grêmio foi rápido e renovou recentemente o contrato de Everton Cebolinha por dois anos, com multa rescisória que hoje estaria em torno de R$ 300 milhões. Possivelmente, adiou para 2022 a despedida de seu mais novo xodó. O atacante passou a figurar nas convocações da Seleção Brasileira depois do Mundial da Rússia e aguçou o olhar de clubes do exterior. Já o Flamengo não conseguiu segurar Lucas Paquetá, negociado oficialmente nesta quarta (17) para o Milan.

Everton renovou seu contrato com o Grêmio
Everton renovou seu contrato com o Grêmio
Foto: Igor Castro/Agência I7 / Gazeta Press

Lucas se destacou em jogos do Brasileiro de 2017 e também chegou à Seleção pela primeira vez depois do fracasso do Brasil na Copa do Mundo. Ele vai continuar no time rubro-negro até dezembro.

Sua situação é parecida com a de Vinicius Junior, que também saiu do Flamengo precocemente,  em meados deste ano, para defender o Real Madrid. No caso dele, o clube espanhol já havia fechado negócio antes mesmo de Vinicius fazer parte da Seleção principal - o craque esteve, porém,  em seleções de base com brilho: sub-15, sub-17 e sub-20.

A realidade do futebol brasileiro, refém de grandes clubes europeus e até mesmo da Ásia, levou o Grêmio a perder o volante Arthur para o Barcelona. Isso de deu a partir da bela temporada do jogador em 2017. Em setembro do ano passado ele desembarcava na Seleção como estreante para integrar o grupo em duas partidas das eliminatórias da Copa. Seis meses depois, já havia acertado sua transferência para o Barcelona,  ao qual se apresentou em julho.

O Vasco foi outro que ficou entre a cruz e a espada meses atrás.  Sem dinheiro para honrar seus compromissos,  precisou se desfazer do meia Paulinho, então com 17 anos, para o Bayer Leverkusen. Formado nas categorias de base do time carioca, Paulinho foi destaque nas seleções brasileiras sub-15 e sub-17.

Esses exemplos confirmam o que deixou de ser uma tendência já faz alguns anos. Basta que um jogador sobressaia numa Seleção Brasileira,  principal ou de base, para que logo, logo, ele se despeça do Brasil.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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