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Tênis

'Novo normal' do tênis após o coronavírus pode ter cumprimento com a raquete

Tenistas também deverão ter bolinhas com seus nomes, além de passar a cuidar da própria toalha

17 mai 2020 - 07h12
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As mudanças causadas na sociedade em razão da pandemia de covid-19 também vão afetar o tênis. O "novo normal" pode ter jogadores em quadra com máscaras, cumprimentos com a raquete e bolinhas com as iniciais de cada tenista para evitar trocas e contato físico.

A fórmula vem sendo ensaiada em um torneio de exibição nos Estados Unidos. Desde a semana passada, a Saddlebrook Academy, em Tampa, na Flórida, promove competição para também dar ritmo de jogo e premiações aos seus tenistas. E muito do que os organizadores estão fazendo poderá virar tendência no circuito no futuro.

Nas partidas, cada tenista recebe três bolas com as iniciais do seu nome e sobrenome. Até o fim do jogo, o tenista só poderá sacar com estas bolinhas. Se precisar passar para o outro lado, terá que usar somente a raquete para evitar o contato com as mãos. Não há boleiros, os garotos e garotas que ficam no fundo da quadra recolhendo e distribuindo bolinhas. Cada jogador terá de cuidar de sua toalha.

Também para evitar contato, não há aperto de mão na rede. Cumprimentos ao adversário e ao juiz somente de longe ou com um toque entre raquetes. As cadeiras onde os tenistas descansam são higienizadas por funcionários da academia em diferentes momentos do jogo.

"Eu não sabia o que esperar, mas achei bem legal. O mais engraçado foi o cumprimento. Ou usa a raquete ou só dá um tchauzinho de longe. No tênis, já tem um pouco de distanciamento social. Mas agora, quando a gente troca de lado, espera a outra tomando mais distância ou passa pelo outro lado", conta Luisa Stefani, que tem a Saddlebrook como sua base.

A nova rotina atinge os treinos. No Brasil, tenistas vêm treinando de máscara em Estados onde podem acessar clubes e academias ou em quadras particulares. "É muito estranho, no começo dá até um pouco de falta de ar", diz Rogério Dutra Silva, ainda tentando se adaptar ao acessório mais comum nesta pandemia. "É desconfortável. Não é o ideal para o alto rendimento, que tem exigência física grande. Tem dificuldade para respirar. Mas a prioridade no momento é a saúde, né", afirma João Pedro Sorgi.

Em Itajaí (SC), Sorgi explica que apenas dois atletas podem treinar por vez em cada quadra, sempre ao ar livre - as cobertas estão interditadas. "Temos álcool em gel por todo lado. Somente os treinadores podem pegar a bola com a mão. Nós, jogadores, só usamos a raquete. Todo o material é higienizado e mantemos distância até no descanso."

Estadão
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