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Tênis

Murray luta por igualdade no tênis e vê futuro promissor para mulheres

18 set 2017 - 16h22
(atualizado às 16h22)
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Quando o assunto é igualdade no tênis, o nome de Andy Murray desponta como um exemplo. Nos últimos tempos, o tenista vem defendendo os direitos das mulheres no esporte, como premiações equivalentes às dos homens. Apesar de não se ver como um porta-voz da causa, o britânico conviveu com a presença feminina nos esportes desde pequeno, a começar pela sua mãe e técnica, Judy Murray, e diz entender as dificuldades enfrentadas por elas e que, assim, não poderia deixar de falar sobre isso. Por essa postura, Murray foi convidado pela rede britânica BBC para escrever sobre o tema.

No texto, o tenista relata o convívio com a francesa Amelie Mauresmo, que foi sua treinadora, e como isso mudou sua visão de mundo: "Minha experiência trabalhando com Amelie Mauresmo me deu uma pequena visão das atitudes em relações às mulheres no esporte, porque não é comum tenistas homens terem uma mulher como treinadora. Ela era a pessoa certa para o trabalho, para mim, e não uma questão do gênero dela. Mas ficou claro para mim que ela não era tratada da mesma forma como outros homens em cargos similares. Então pensei que precisava falar sobre isso".

O britânico destacou também o fato de ter crescido ao lado de uma mulher, sua mãe, que sempre esteve interessada e envolvida no universo esportivo e isso o fez ver "como natural o fato de meninas estarem engajadas nos esportes assim como os meninos".

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O campeão olímpico ressaltou que o esforço feito pelas tenistas mulheres é o mesmo que o feito pelos homens: "Há horas de trabalho na academia, na quadra, na fisioterapia, viajando, analisando partidas e adversários, conversando com a equipe, cuidando do corpo e fazendo muitos sacrifícios. Qualquer um que tenha passado tempo com uma atleta mulher de alto nível sabe que elas fazem os mesmos sacrifícios e são tão determinadas e comprometidas com a vitória do que qualquer homem no circuito".

Murray ainda realçou que o tênis melhorou muito nesta questão nos últimos anos, especialmente depois que o Aberto dos Estados Unidos deu a mesma premiação em dinheiro para homens e mulheres. Destacou também a importância de se ter maior presença feminina no cenário esportivo: "Se mais meninas puderem ver mulheres competindo em alto nível, isso encorajaria mais meninas a entrarem no esporte".

E por fim, se mostrou animado e otimista quanto ao futuro: "Nós temos mais modelos femininos do que nunca, mais comentaristas mulheres como nunca e mais pessoas defendendo os direitos das mulheres nos esportes do que nunca. As coisas estão indo em uma direção positiva e estou animado quanto a um futuro em que o campo de jogo possa ser igual para todos", encerrou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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