PUBLICIDADE

Tênis

Martina Navratilova diz que pandemia prejudica mais Federer e Serena

Ex-tenista aponta os dois como possíveis afetados pela paralisação por serem esportistas mais velhos

13 mai 2020 - 13h18
Compartilhar
Exibir comentários

Uma das lendas do tênis feminino, a checa Martina Navratilova acredita que a interrupção do circuito, em razão da pandemia do novo coronavírus, vai prejudicar mais os veteranos do que os jovens atletas. O suíço Roger Federer e a norte-americana Serena Williams serão os mais afetados, avalia a dona de 18 títulos de Grand Slam em simples.

"Somente a guerra impediu os Grand Slams de serem disputados e agora temos essa pandemia e, para jogadores como Roger Federer e, claro, Serena Williams, é um tempo perdido", disse a ex-tenista, que é membro da Academia Laureus e concedeu entrevista ao site Laureus.com.

"Todos estão no mesmo barco, mas para os jogadores mais velhos, como Roger, Rafa Nadal e Serena, é mais difícil, sem dúvida. Eu simpatizo com eles porque este é um 'inimigo' do qual você não pode se recuperar, não pode enfrentar. Você apenas espera que vá embora logo e que você possa jogar no próximo ano."

Navratilova, que jogou duplas profissionalmente até os 50 anos, acredita que Federer será o mais prejudicado na disputa direta com Nadal e o sérvio Novak Djokovic pelo recorde de títulos de Grand Slam. O suíço soma 20 troféus, contra 19 do espanhol e 17 de Djokovic.

"Novak Djokovic está logo atrás de Roger e Rafa buscando os títulos de Majors. E acho que Roger será o mais afetado porque é o mais velho. Mas terá que lidar com essa situação. Foi o que Billie Jean King chamou de 'ajuste dos campeões'", disse a checa, que foi profissional de 1975 a 2006. Federer tem no momento 38 anos, contra 33 de Nadal e 32 anos de Djokovic.

No caso de Serena, Navratilova lembrou que a americana ainda busca igualar o recorde de Grand Slam, que pertence à australiana Margaret Court. "Ele parou nos 23 e tenta chegar aos 24, quem sabe 25. É uma oportunidade perdida porque Wimbledon, cancelado, era sua melhor chance de alcançar o recorde. E ela não vai ficar mais nova com o passar do tempo. Se eu estivesse na situação dela, eu estaria ficando louca por não poder jogar."

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade