PUBLICIDADE

Tênis

Guga acredita que dependência nas duplas é boa para o tênis brasileiro

13 jul 2017 - 08h21
(atualizado às 08h21)
Compartilhar
Exibir comentários

Com muita oscilação entre os tenistas de simples, o Brasil tem como seus principais nomes dois jogadores de duplas. Apesar de uma dependência em Bruno Soares e Marcelo Melo, Gustavo Kuerten vê com bons olhos o bom desempenho dos mineiros, principalmente pelo lado dos negócios.

"É a turma que carrega a bandeira hoje em dia. O Brasil é muito dependente até porque eles ganham tudo, então é praticamente impossível ter um jogador de simples que ganhe tantos torneios como eles. Temos sempre que buscar episódios para que surjam oportunidades. Sabemos que existem uma série de deficiências que a gente precisa melhorar, mas dupla é o nosso carro chefe", afirmou em entrevista para a Gazeta Esportiva durante evento em que a Bayer anunciou parceria com o Instituto Guga Kuerten.

"Essa dependência por um lado é boa porque sustenta o tênis. Ele ainda é interessante, as pessoas assistem os Grand Slams. Aí tem o André Sá e o (Marcelo) Demoliner, então a gente precisa desse volume (de jogadores). Tem que olhar isso também de uma forma positiva. Ganhamos alguns Grand Slams com eles nos últimos e isso deixa o business do tênis vivo. As empresas querem apoiar, as marcas querem aparecer, o interesse em assistir (a modalidade) aumenta e tudo isso. O tênis ainda respira muito bem e é oxigenado por causa dos duplistas" completou o tricampeão de Roland Garros.

Entre os dias 15 e 17 de setembro, a Seleção Brasileira irá enfrentar o Japão, fora de casa, em Osaka, na repescagem do grupo mundial da Copa Davis. Apesar de Guga ter evitado projetar como será o confronto, o ex-número 1 do ranking declarou que o Brasil, dentro de suas limitações, vem fazendo um bom papel na competição.

"A gente vai sempre estar nesse nível. O Brasil sempre está correndo por fora. As outras equipes estão ainda um pouquinho mais de vantagem. Temos uma vulnerabilidade, ainda dependemos do fator de jogar em casa. A dupla dá uma consistência, mas o nosso nível na prática é esse. Entrar no grupo mundial, dar uma oscilada, voltar para a repescagem, subir e descer", disse Gustavo Kuerten.

"Acho que na Copa Davis estamos fazendo um papel natural que corresponde à nossa pouca matéria prima. Se tivéssemos dez ou 12 jogadores desse nível, nossos resultados seriam ainda melhores e eu acho que a gente tem que buscar esse caminho", completou.

*Especial para a Gazeta Esportiva

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade