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Tênis

Federer comenta aposentadoria e mudança de estilo: "Entendi que menos é mais"

19 out 2017 - 18h01
(atualizado às 18h01)
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Roger Federer está tendo um ano inesquecível. Aos 36 anos, voltou ao circuito após sete meses parado por causa de uma lesão no joelho, e conquistou seis títulos, sendo dois deles em Grand Slam (Aberto da Austrália e Wimbledon). Atual número dois do mundo, o suíço pode ainda terminar o ano no topo ranking. Nesta quinta-feira, Federer comentou sobre um dos assuntos que mais apavoram os fãs de tênis: sua aposentadoria.

"Sei que vou me aposentar mais cedo ou mais tarde, não tenho mais 22 anos. Mas sinceramente não pensei em uma data concreta. Tenho bem determinados os quatro fatores que me fazem seguir jogando. Se meu corpo e minha família seguem me permitindo competir, se o êxito persiste e se sigo sendo feliz com esse ritmo de vida de muitas viagens, seguirei competindo. Quando alguma dessas coisas falhar, será o momento de repensar tudo, mas no momento tudo está muito bem", explicou o suíço em entrevista para o site Gulfnews.

Federer comentou ainda sobre as mudanças que precisou fazer para que pudesse jogar em um bom nível neste ano e destacou a importância da família: "Eu aprendi que, às vezes, menos é mais. Ter maiores períodos de descanso me ajuda a estar competitivo e jogar em meu melhor nível. Eu quero ter certeza de que estou feliz de estar na quadra. É como se, se eu fizer muito, o fogo simplesmente vai embora. Então para mim, a família é minha prioridade e depois vem o resto".

O suíço também falou sobre ser considerado o melhor jogador de todos os tempos e minimizou o título: "Eu trabalhei muito duro para ter uma grande carreira e, às vezes, alcancei recordes. Mas é difícil julgar quem é o melhor de todos os tempos… Você vê Bjorn Borg, John McEnroe, Rod Laver, Rafael Nadal, Ivan Lendl, Jimmy Connors and Pete Sampras. São tantos jogadores que fizeram coisas fabulosas… Então eu tentei dar o melhor melhor. Eu não especa estar jogando tão bem nessa idade. Estou feliz com o que alcancei e espero poder continuar".

Por fim, Federer analisou os novos jogadores que estão despontando no circuito e que, na sua opinião, tem potencial para serem as próximas lendas do tênis: "(Para ser uma lenda), você precisa de trabalho duro, paixão, um bom time, bons lugares para treinamento, e ser capaz de aguentar pressão, entender o Tour, fazendo dele sua segunda casa. É preciso um pouco mais de tempo, mas eles estão indo bem. É legal ver esses jovens talentos no circuito e isso faz o tênis ser mais animador para os fãs".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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