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Tênis

Bruno Soares admite preocupação com Masters de Miami e torneios na Europa

Após cancelamento do Masters 1000 de Indian Wells, brasileiro comenta sobre a decisão de portões fechados em muitos eventos

9 mar 2020 - 18h01
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Após o inesperado cancelamento do Masters 1000 de Indian Wells, em razão do coronavírus, a preocupação dos tenistas agora é com o Masters de Miami e com os torneios da gira de saibro na Europa, afirma o brasileiro Bruno Soares. O duplista é integrante do Conselho dos Jogadores da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP).

"Há um temor muito grande sobre Miami e todos os torneios da Europa, visto que a situação na Europa está bem pior do que nos Estados Unidos. É difícil falar qual seria a melhor decisão no momento. Muitos eventos estão optando por jogar de portões fechados", disse Soares.

A gira de saibro tem início com dois torneios, um nos EUA, em Houston, e outro em Marrakech, no Marrocos. Ambos vão começar no dia 6 de abril. "Temos Marrakech e Montecarlo, que são bem próximos da Itália [epicentro do surto na Europa]. É um período de muita incerteza pela frente. Espero que, para a gente, tentar ter um Plano B e torcer para que a situação se controle", afirmou Soares.

O Masters de Miami está agendado para começar no dia 25 deste mês. Antes desta competição, o Masters de Indian Wells deveria começar nesta quinta, mas ATP e WTA anunciaram na noite de domingo que tanto a competição masculina quanto a feminina não seriam disputadas nesta data. Deixaram em aberto um adiamento, ainda sem nova data.

"Foi uma decisão muito rápida, em caráter de emergência. Realmente, pegou todo mundo de surpresa. Muita gente já estava lá. Eu dei sorte porque iria voar hoje de manhã, de Miami. Acabei cancelando tudo", comentou Soares, que destacou: "Não houve participação dos jogadores na decisão porque foi uma decisão do torneio".

Soares avaliou que o cancelamento deve ter impacto no restante da temporada. "Agora temos que realmente pensar nos próximos passos. E tudo o que vem pela frente no circuito. É difícil saber qual será o impacto. Impacta o meu ano, com certeza, e de todo mundo, de uma forma igual. Uma coisa é você ser impedido de jogar por uma lesão. Outra é todo mundo ser impedido de jogar."

O brasileiro destacou a situação é imprevisível. "A sensação que eu tenho que ninguém sabe bem a gravidade ou como segurar esse vírus. Fica muita incerteza no ar e fica difícil tomar uma decisão", declarou. "Acho que a ATP está fazendo o que pode. É uma situação de emergência. Tem que ter um pouco de paciência e entender que é um caso bastante extremo."

Estadão
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