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ATP

Após 9 exames, Nadal defende antidoping e pede resultados públicos

12 fev 2013 - 13h16
(atualizado em 13/2/2013 às 21h23)
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<p>Se temos de passar por controle toda semana não há nenhum problema", defendeu Nadal</p>
Se temos de passar por controle toda semana não há nenhum problema", defendeu Nadal
Foto: Fernando Borges / Terra

A "terrível notícia" sobre o doping do americano Lance Armstrong prejudicou todo o esporte, mas não é por “alguns pecadores que todos temos de estar no mesmo saco”. A opinião é do espanhol Rafael Nadal, que defendeu qualquer método necessário para o tênis estar “limpo” e pediu especialmente que os resultados dos exames sejam públicos, o que segundo ele diminuiria as suspeitas sobre os jogadores.

Com uma inflamação no tendão patelar (síndrome de Hoffa) e uma ruptura parcial no tendão rotuliano do joelho esquerdo, Nadal permaneceu afastado do circuito profissional entre 28 de junho de 2012 e 6 de fevereiro de 2013. Nesse período passou por nove exames antidoping – "três vezes de sangue e seis com urina", conforme contou na semana passada ao jornal francês L’Équipe.

Nadal fala sobre futuro da carreira no Brasil, assista:

Em entrevista concedida nesta terça em um hotel de São Paulo, cidade onde está para a disputa do Brasil Open de 2013, o espanhol não reclamou da quantidade do controle, mas pediu que os resultados sejam públicos para “que todo mundo saiba por quantos exames passamos”. “Se temos de passar por controle toda semana não há nenhum problema. Que façam os controles dos quais sentem falta, porque ao fim e ao cabo queremos estarmos seguros de que a pessoa que está em frente a você na quadra de tênis ou correndo a seu lado na pista de atletismo está com as mesmas condições que você”, disse.

Em outubro de 2012, Armstrong perdeu todos os sete títulos da Volta da França, evento do qual era o maior campeão, após um relatório da Usada (Agência Antidoping dos Estados Unidos) acusa-lo de coordenar o "mais sofisticado, profissional e bem sucedido programa de doping que o esporte já viu". Em janeiro, o americano admitiu o uso de EPO (Eritropoietina), transfusões de sangue e testosterona em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, gerando um grande debate sobre o combate ao doping em todas as modalidades.

“O esporte fica prejudicado quando se descobre que o que em teoria era um mito o era fazendo trapaça. Não vamos nos enganar, porém também é especialmente o ciclismo e não o esporte em geral que está manchado”, afirmou Nadal. O espanhol só ressalvou que os exames “sejam feitos com o máximo respeito sempre”, o que não ocorre “às vezes”.

No Brasil, o número 5 do mundo disputa o segundo torneio desde o retorno às quadras, com o vice-campeonato do ATP 250 de Viña del Mar, na semana passada. Ele estreia no torneio de duplas nesta terça-feira, por volta das 20h30 (de Brasília), formando parceria com o argentino David Nalbandian, no Ginásio do Ibirapuera, contra os espanhóis Pablo Andujar e Guillermo García-López. Nadal fará seu primeiro jogo de simples na quinta-feira, contra o vencedor da partida entre o brasileiro João “Feijão” Souza e o espanhol Rubén Ramírez Hidalgo.

Confira os principais trechos da entrevista de Nadal:

Declarações de Roger Federer de que são necessários mais exames antidoping:

“No meu ponto de vista os controles têm de ser públicos, porque se são privados temos um problema: sai Federer e diz que temos que ter mais controles, quando isso acontece as pessoas não sabem de quantos controles estamos falando, se realmente passamos ou não. Creio que o esporte tem que ser um exemplo para as crianças, para a sociedade, de valores positivos, e as trapaças não representam nada de tudo isso. O esporte tem que ser limpo e também tem que parecer”.

Cansaço após jogar 11 horas e 22 minutos em duplas e simples em Viña del Mar:

“Hoje estou um pouco cansado depois de uma semana dura no Chile. São muitos meses sem competir, porém estou com muita vontade. Competir é uma motivação que me dá força, me dá energia positiva, e fisicamente não é que eu esteja mal, mas há dias em que o joelho dói na hora de me apoiar com força, mas cada dias há menos dias maus e mais bons”.

Possibilidade de mudar estilo de jogo para ter menos problemas físicos:

“Desgraçadamente não sou tão bom como para poder reprogramar meu estilo de jogo (sorri). Faço o que posso, fui o que sou com um estilo de jogo. Podemos fazer adaptações pequenas, trabalhar para jogar mais agressivamente e por isso tive resultados muito bons fora do saibro, porém mudar drasticamente o estilo de jogo é praticamente impossível. Tenho vontade de seguir melhorando e espero prolongar minha carreira.

Olimpíada do Rio de Janeiro 2016:

O objetivo a longo prazo é chegar à Olimpíada do Rio 2016 e neste caminho vou trabalhar. Não poder estar (em Londres 2012) me deixou algo de necessidade, é um sentimento que quero superar. Até 2016 aqui no Brasil é muito a longo prazo, porem também muito real”.

Domínio do calendário da ATP por torneios nas quadras duras:

“Creio que as quadras duras são as mais negativas para o corpo, muito agressivas para as articulações, joelhos, tornozelos. Creio que a ATP se preocupa muito pouco com os jogadores e deveria se preocupar mais. Não imagino futebolistas jogando sobre o cimento, não imagino esportes de movimentos agressivos jogando em superfícies tão agressivas. Para as futuras gerações seria bom poder ter uma vida tenística um pouquinho menos agressiva com a superfície. Não é só o que acontece durante a carreira, é como fica o corpo quando termina: não sei como vai terminar a minha e gosto de praticar esportes. A carreira é importante, mas a vida é mais e seria bonito (depois de parar) poder jogar futebol com amigos e tênis como diversão, mas não sei se será possível”.

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Fonte: Terra
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