Após maratona, Wimbledon cogita mudar regra já na próxima edição
Após o confronto de mais de 6 seis horas entre o sul-africano Kevin Anderson e o americano John Isner, os organizadores do torneio de Wimbledon cogitam introduzir o tie-break no quinto set das partidas da competição. De acordo com o jornal inglês The Time, a ideia é evitar que os jogos tenham uma duração que atrapalhe o cronograma dos jogos e comprometa a saúde dos atletas.
Apesar da mudança já ser cogitada, a decisão sobre a introdução do tie-break terá que esperar até novembro, quando os organizadores de Wimbledon se reunirão para decidir as regras que serão mantidas e as que serão estabelecidas para o torneio da próxima temporada. Na atualidade, apenas o Aberto dos Estados Unidos possui o game desempate no último set, dentro os torneios de Grand Slam.
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O duelo entre Kevin Anderson e John Isner, pelas semifinais do torneio, se tornou o terceiro jogo mais longo da história do tênis, ficando atrás apenas do confronto do brasileiro João Souza e do argentino Leonardo Mayer, pela primeira fase da Copa Davis de 2016, que teve duração de 6h43, e do jogo entre o próprio gigante americano e o francês Nicolás Mahut, que durou impressionantes 11h06 e foi realizado ao longo de três dias.
A longa duração da partida diante de Isner pode ter tido forte influência no desempenho de Anderson na final do torneio. O sul-africano foi facilmente dominado por Novak Djokovic, mostrando em diversas oportunidades que faltava potência em seus golpes, mesmo com a atuação brilhante do sérvio, que anulou taticamente o vice-campeão de Wimbledon.
Além do desgaste físico de Anderson, a preocupação fica por conta da mudança do cronograma. A partida entre o sul-africano e o americano fez com que o confronto entre Djokovic e Nadal, também válido pelas quartas de final, não terminasse na sexta-feira, levando os dois tenistas a jogarem também no sábado, dia que era estipulado pela organização para que os finalistas pudessem descansar para a grande decisão.
Gazeta Esportiva
