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Polêmica! Veja como ficariam as oitavas sem uso do VAR

Seis dos oito confrontos seriam diferentes se a tecnologia não tivesse sido implementada no Mundial; Argentina escaparia da França

28 jun 2018 - 16h10
(atualizado em 29/6/2018 às 14h51)
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Esta é a primeira Copa do Mundo com árbitro de vídeo
Esta é a primeira Copa do Mundo com árbitro de vídeo
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

Messi, Cristiano Ronaldo e outros craques têm sido protagonistas em suas equipes na Copa do Mundo. Mas um personagem em especial foi decisivo nesta primeira fase. Em sua estreia em Copas, o VAR - sigla em inglês de Video Assistant Referee (Árbitro Assistente de Vídeo) - mudou o destino de algumas seleções no Mundial da Rússia. Se a tecnologia não tivesse sido implementada em 2018, o Brasil enfrentaria a Suécia, e não o México, nas oitavas de final. Outros cinco confrontos também seriam diferentes.

Os suecos, que ficaram em 1º no Grupo F, com 6 pontos, contaram com a ajuda do vídeo na vitória contra a Coreia do Sul por 1 a 0. O árbitro argentino Joel Aguilar não havia assinalado falta de Kim Min-Woo em Claesson da área, mas reviu o lance e deu o pênalti, convertido por Granqvist já no segundo tempo. Sem o VAR, os nórdicos teriam somado apenas um ponto naquele jogo e terminariam a primeira fase com 4, atrás do México, que chegou a 6. Dessa forma, teríamos Suécia x Brasil (1º do Grupo E) e México x Suíça (2º do E).

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É claro que no futebol um gol marcado ou perdido altera o panorama da partida. No esporte, em que nem sempre o favorito vence, há infinitas possibilidades de resultados, com diversos casos de zebras na história. Por isso, para este levantamento, o Terra calculou os pontos das seleções apenas descontando os gols com interferência do VAR, desconsiderando os possíveis rumos que as partidas tomariam sem a tecnologia.

Árbitro Joel Aguilar revê lance no vídeo e marca pênalti para a Suécia contra a Coreia do Sul
Árbitro Joel Aguilar revê lance no vídeo e marca pênalti para a Suécia contra a Coreia do Sul
Foto: Carlos Barria / Reuters

Com a "anulação" dos gols marcados pelo novo sistema, as oitavas teriam: Uruguai x Espanha; Dinamarca x Argentina; Bégica x Japão (não mudaria);  Portugal x Rússia; Croácia x França; e Colômbia x Inglaterra (não mudaria), além de México x Suíça e Brasil x Suécia.

As mudanças ocorreriam devido a inversão dos líderes dos grupos B, C e F, resultando na troca desses seis cruzamentos das oitavas. Relembre abaixo as partidas com participação do VAR:

Espanha e Portugal

Na chave de Espanha e Portugal, os dois jogos emocionantes da última rodada tiveram influência direta do árbitro de vídeo. Quando perdiam por 2 a 1 para o Marrocos, os espanhóis viram o golaço de letra de Iago Aspas (em posição legal) ser anulado pelo bandeira. Com a revisão do lance, o gol foi validado e a Fúria escapou da derrota.

Já a equipe de Cristiano Ronaldo teria vencido o Irã não fosse o VAR. O gol de pênalti de Ansarifard, aos 47 do segundo tempo, só foi marcado pelo juiz após a análise no vídeo. Portugal também teve um pênalti com a ajuda da tecnologia, mas CR7, que já tem 4 gols na Copa, acabou desperdiçando.

Telão de estádio da Copa mostra a possibilidade de marcação de pênalti na partida entre Irã e Portugal
Telão de estádio da Copa mostra a possibilidade de marcação de pênalti na partida entre Irã e Portugal
Foto: Matthew Childs / Reuters

O jogo da segunda rodada entre Espanha e Irã, vencido pelos europeus por 1 a 0, também teve pausa para o vídeo entrar em ação. Porém, nesse caso, o bandeirinha já havia anulado corretamente o que seria o gol de empate do iraniano Ezatolahi. A tecnologia ajudou a confirmar a irregularidade e minimizar a polêmica e as reclamações em campo.

Cristiano Ronaldo reclama de pênalti não marcado pelo juiz, mas depois dado pelo VAR
Cristiano Ronaldo reclama de pênalti não marcado pelo juiz, mas depois dado pelo VAR
Foto: Matthew Childs / Reuters

França e Dinamarca

No Grupo C, as intervenções do vídeo com consequências para o resultado ocorreram nos jogos da Austrália, que terminou eliminada. Porém, como a equipe da Oceania foi "prejudicada" em uma rodada e "beneficiada" em outra, seu destino na Copa não foi alterado. Ficariam com um ponto de qualquer forma.

Griezmann cobra pênalti marcado pelo VAR no jogo entre França e Austrália
Griezmann cobra pênalti marcado pelo VAR no jogo entre França e Austrália
Foto: John Sibley / Reuters

A mudança de posição foi entre França e Dinamarca. Com um pênalti marcado pelo VAR a seu favor, os campeões mundiais de 1998 venceram a Austrália por 2 a 1. Com a Dinamarca, foi o contrário: os australianos é que tiveram um gol marcado pelo vídeo e empataram com os dinamarqueses em 1 a 1.

A outra seleção do grupo era o Peru, que não soube aproveitar quando o vídeo ajudou em seu jogo. Meia-atacante do São Paulo, Cueva isolou um pênalti contra a Dinamarca na primeira rodada, quando o jogo ainda estava 0 a 0 - a partida terminou 1 a 0 para os europeus.

Juiz Bakary Gassama faz o gesto do VAR durante a partida entre Peru e Dinamarca
Juiz Bakary Gassama faz o gesto do VAR durante a partida entre Peru e Dinamarca
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

VAR nem sempre altera resultado final

O jogo da eliminação da Alemanha na Copa também teve análise de lance de gol no vídeo. No primeiro gol da Coreia do Sul, o bandeira marcou impedimento de Kim Young-Gwonde de forma equivocada. O VAR corrigiu o erro, e a Coreia ainda fez mais um com Son Heung-Min minutos depois.

O egípcio Mohamed Salah, que quase ficou fora do Mundial por uma lesão no ombro, marcou dois gols na Copa, um deles de pênalti, indicado pelo VAR, contra a Rússia. O juiz havia dado falta fora da área, mas foi alertado pelo árbitro de vídeo e apontou para a marca da cal. Como o jogo já estava 3 a 0 para os anfitriões, o gol de Salah não teve efeitos na tabela.

Juiz confirma gol da Coreia do Sul contra a Alemanha após rever lance no vídeo
Juiz confirma gol da Coreia do Sul contra a Alemanha após rever lance no vídeo
Foto: Michael Dalder / Reuters

Já no jogo da suada classificação da Argentina contra a Nigéria, os africanos empataram em pênalti após análise do vídeo. Porém, além de os hermanos terem feito o segundo depois com Marco Rojo, a marcação da penalidade já havia sido apontada pelo juiz, sendo apenas confirmada pelo VAR.

Em outro jogo dos nigerianos, a Islândia desperdiçou a chance de diminuir o placar de 2 a 0 quando Sigurdsson perdeu pênalti marcado pelo VAR.

Senegal nas oitavas sem VAR?

Na última rodada do Grupo H, Senegal teve um pênalti contra a Colômbia cancelado pela tecnologia. O juiz havia marcado falta de Davinson Sanchez em Mané na área, mas mudou de ideia após ver o vídeo. O jogo, vencido pela Colômbia por 1 a 0, ainda estava 0 a 0 naquele momento. Um empate bastava para os africanos avançarem para as oitavas de final.

Árbitro marcou e depois cancelou pênalti para Senegal contra a Colômbia
Árbitro marcou e depois cancelou pênalti para Senegal contra a Colômbia
Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Brasil x VAR

Até o momento, o Brasil não tem muito a comemorar com a implementação da tecnologia. No jogo de estreia, a Seleção reclamou que o suíço Zuber empurrou o zagueiro Miranda antes de cabecear para empatar o jogo, que terminou em 1 a 1. O árbitro mexicano Cesar Ramos confirmou o gol sem reavaliar o lance pelo vídeo.

No jogo seguinte, contra a Costa Rica, Neymar foi tocado por González e caiu na área aos 32 minutos do segundo tempo. O juiz holandês Bjorn Kuipers marcou, mas voltou atrás depois de observar a jogada pelo vídeo. Os gols da vitória brasileira por 2 a 0 só saíram nos acréscimos, aos 45 e aos 51.

Brasil reclamou de empurrão de Zuber em Miranda no gol da Suíça contra o Brasil
Brasil reclamou de empurrão de Zuber em Miranda no gol da Suíça contra o Brasil
Foto: Jason Cairnduff / Reuters

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Fonte: Redação Terra
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