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Sob polêmica, Milan e Juventus decidirão Supercopa

Apesar das críticas, jogo será disputado na Arábia Saudita

15 jan 2019 - 17h41
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Sob muita polêmica, Juventus e Milan disputarão nesta quarta-feira (16) a final da Supercopa da Itália. O confronto, que deverá ter início a partir das 15h30 (horário de Brasília), será jogado no estádio King Abdullah Sports City, em Jidá, na Arábia Saudita.

    A Supercopa reúne os atuais campeões da Série A e da Copa da Itália. Como a Juventus ganhou os dois torneios na temporada passada, o outro finalista será o Milan, vice na Copa da Itália.

    O torneio é organizado pela Federação Italiana de Futebol (FIGC).

    Disputada desde 1988, Milan e Juventus são os maiores vencedores do torneio, com sete títulos cada. O jogo de amanhã desempatará o número de conquistas entre ambos os times e será a terceira vez em que os dois se enfrentarão em uma final da Copa da Itália. Polêmica - No entanto, o que está mais chamando atenção não é o embate entre Milan e Juventus, mas sim o local onde a final será disputada. A escolha da Arábia Saudita como o grande palco do confronto está sendo muito contestada por ONGs de direitos humanos e pela mídia italiana, principalmente por causa do assassinato de Jamal Khashoggi.

    O jornalista, dissidente do regime saudita, foi assassinado no dia 2 de outubro, após visitar o consulado de seu país em Istambul, na Turquia, para retirar documentos de divórcio.

    As reclamações sobre a sede da final ganharam ainda mais força no início de 2019, em função da segregação das mulheres. O público feminino foi autorizado a acompanhar partidas de futebol em estádios na Arábia Saudita em janeiro de 2018, mas apenas em setores reservados e destinados às famílias, e a Supercopa não será exceção.

    Enquanto os homens poderão comprar bilhetes para os setores mais próximos ao gramado no King Abdullah Sports City, as mulheres terão de se contentar com os anéis superiores.

    No início do ano, o ministro do Interior e vice-premier italiano, Matteo Salvini, declarou que a realização do jogo na Arábia Saudita é "nojenta". Já o ex-ministro do Esporte da Itália Luca Lotti cobrou que a decisão de jogar a Supercopa no país árabe seja "bloqueada".

    Além disso, a Juventus e o Milan foram pressionados por diversas ONGs, incluindo a Anistia Internacional, para cancelarem o confronto, acusando Riad de tentar "refazer sua imagem" por meio do esporte.

    Essa não será a primeira vez que a final da Supercopa da Itália será disputada fora do país da bota. Em 2002, a decisão foi jogada em Trípoli, na Líbia, a convite do então ditador Muammar Gaddafi. Em outras ocasiões, China, Catar e Estados Unidos também já sediaram a competição.

    Jogo - Pelo lado da Juventus, Cristiano Ronaldo buscará seu primeiro título com a camisa bianconera. Além disso, a Supercopa da Itália poderá ser a 27ª conquista da carreira do astro português. Nesta temporada, o atacante de 33 anos possui 25 jogos e 15 gols pela Velha Senhora.

    Para a partida de amanhã, a Juventus não contará com Mario Mandzukic, Juan Cuadrado, Andrea Barzagli e Mehdi Benatia. No entanto, o técnico Massimiliano Allegri terá a volta do lateral João Cancelo, que retorna após uma lesão no joelho.

    O Milan almeja frear a Juventus e voltar a conquistar um título, já que alguns anos atrás era um "papa títulos" na Itália e no continente europeu. Para isso, o clube rossonero apostará no brasileiro Lucas Paquetá, que chegou recentemente e estreou pelo Milan no sábado (12), na vitória por 2 a 0 diante da Sampdoria, pelas oitavas de final da Copa da Itália.

    Assim como CR7, Paquetá, de apenas 21 anos, buscará seu primeiro título com a camisa do Milan.

    O técnico Gennaro Gattuso terá apenas um desfalque em seu elenco, o meia Suso, contudido. A grande dúvida é Gonzalo Higuaín, que poderá não entrar em campo devido à sua negociação com o Chelsea.

Ansa - Brasil   
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