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Senegalês que vendeu voto em eleição olímpica do Rio pode ter influenciado outros membros do COI, diz MPF

5 set 2017 - 12h04
(atualizado às 12h10)
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O ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) Lamine Diack, que investigadores dizem ter vendido seu voto ao Rio de Janeiro na eleição que escolheu a cidade como sede da Olimpíada de 2016, pode ter influenciado outros membros do COI na votação, disse nesta terça-feira a procuradora da República Fabiana Schneider.

Ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) Lamine Diack, durante coletiva de imprensa, em Doha 5/05/2011 REUTERS/Fadi Al-Assaad
Ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) Lamine Diack, durante coletiva de imprensa, em Doha 5/05/2011 REUTERS/Fadi Al-Assaad
Foto: Reuters

Segundo a procuradora, o senegalês Diack era muito influente entre membros africanos do COI, que costumam votar em grupo e seguir sua orientação, o que indica que outros votos podem ter sido influenciados pelo esquema de corrupção na eleição de 2009 em Copenhague.

De acordo com os investigadores, uma organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que está preso, comprou o voto do então presidente da IAAF Lamine Diack por 2 milhões de dólares, em um esquema que contou com o apoio do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.

Nuzman foi alvo de mandado de busca em sua residência no Rio na manhã desta terça-feira e recebeu uma intimação para prestar depoimento à Polícia Federal.

O MPF informou ainda, em entrevista coletiva sobre a operação, que pediu bloqueio de bens de suspeitos de envolvimento no esquema no valor total de 1 bilhão de reais a título de danos morais coletivos.

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