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Seleção Brasileira: procura-se um líder

Tite gostaria de um capitão como foi Dunga; na falta deste jogador, faz rodízio na função

19 jun 2018 - 10h20
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A forma passiva com que o time reclamou da arbitragem no gol irregular de empate da Suíça, no domingo, expôs um problema da atual Seleção: a falta de um líder em campo, de um capitão que tenha autoridade para falar e ser ouvido. Marcelo, a quem coube a função no primeiro jogo, não tem o perfil para exercer essa liderança no grupo.

O técnico Tite sabe disso – tema de algumas reuniões dele com seus auxiliares ao longo dos últimos meses. Por isso, estabelece um rodízio de capitães desde que chegou à Seleção em junho de 2016. Foram 16 até agora.

Neymar faz careta na estreia do Brasil na Copa do Mundo
Neymar faz careta na estreia do Brasil na Copa do Mundo
Foto: Damir Sagolj TPX IMAGES OF THE DAY / Reuters

Internamente, Tite já comentou qual seria o cenário ideal – que a equipe tivesse alguém como Dunga, referindo-se ao papel do capitão do título de 1994.

O então volante não só orientava seus colegas e cobrava deles empenho em campo, como era o primeiro a protestar contra a arbitragem em várias situações de jogo. Sabia fazer isso sem ser advertido com cartões.

Assim como Dunga, a Seleção ganhou outros mundiais com nomes de peso que usavam a braçadeira de capitão. Mais recentemente, em 2002, Cafu desempenhou muito bem essa liderança em campo. Em 1970, Carlos Alberto Torres tinha um estilo parecido e gozava de prestígio.

Em 1958, com Bellini – exemplo de seriedade e lealdade aos adversários –, e, em 1962, com Mauro, a Seleção também esteve bem representada. Falta agora a Tite tentar resolver isso. Neymar já viveu essa experiência e não se saiu bem. Além disso, ele mesmo não se sente confortável com a missão.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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