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São Silvestre inspira advogado pernambucano a correr pelo mundo

14 dez 2017 - 11h03
(atualizado às 12h23)
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Nilo Simões, além de advogado, também é acostumado a inspirar pessoas pelo seu vigor físico. Hoje com 64 anos, o atleta amador iniciou sua relação com esportes aos 52. Antes disso, apenas algumas partidas de vôlei na orla de Recife e, eventualmente, a famosa "pelada" com os amigos. Por conta de um problema no coração, ele teve de transformar seu estilo de vida e se reencontrou ao decidir disputar a São Silvestre há 11 anos. Em 2017 ele repetirá a dose.

Rapidamente a solução para cuidar da saúde se tornou um hábito, e Nilo começou a disputar uma série de provas por todo o Brasil e também pelo mundo. Na lista do advogado pernambucano constam a tradicional Volta da Pampulha, as meia-maratonas de São Paulo, Rio de Janeiro e Lisboa, além das maratonas de Nova York e Paris, esta que correu ao lado de seu filho.

"Aos 52 anos tomei um susto, que foi uma dor no peito, e meu médico recomendou que eu fizesse um check-up. Fui a São Paulo, ao Hospital do Coração, e fiz um cateterismo. Nesse cateterismo ele detectou que eu tenho uma artéria 100% ocluída. Não precisei fazer procedimento cirúrgico, porque as outras artérias dão conta. Aí eu comecei a ler um livro do Abílio Diniz sobre corrida, maratona, exercícios físicos. Resolvi consultar meu cardiologista, perguntei se poderia fazer esportes, e ele permitiu", disse Nilo à Gazeta Esportiva.

"Aí eu já determinei que a minha primeira corrida e mais importante seria a São Silvestre. Me preparei e fiz a São Silvestre. Daí em diante comecei a ter preparador físico, nutricionista, seguir uma planilha. Sou muito obediente às determinações médicas e físicas", completou o advogado, que pretende disputar a Maratona de Berlim em 2018.

Mais do que a primeira prova da vida, a São Silvestre tem um significado ainda maior para Nilo Simões por conta da grande resistência de sua família, que não viu com bons olhos a viagem do patriarca à capital paulista. Temendo sua ausência no Revéillon, os parentes não conseguiram o impedir, porém, ele tratou de dar um jeito e voltar a Recife no mesmo dia. Para isso, novos obstáculos tiveram de ser superados.

"A São Silvestre, para mim, é inesquecível. Na primeira vez eu saí debaixo de chuva. Montei uma estrutura para voltar a Recife e realmente voltei no mesmo dia. A São Silvestre foi marcante porque tive uma contusão um pouco antes, sem ser correndo. Me recuperei. Meu médico achava que eu não teria capacidade, aquilo foi um desafio, porque a fisioterapia havia me liberado. Consegui fazer a prova e fazer bem. Teve que ser tudo cronometrado para poder dar tempo de pegar o avião", relembrou Nilo.

"Quando subi a Brigadeiro Luís Antônio, dobrei a paulista e cruzei a linha de chegada, comecei a pular, gritar, chorar. Parecia que eu tinha sido campeão, batido o recorde. Nem na maratona de Nova York tive uma sensação parecida", concluiu.

Na 93ª edição da São Silvestre, Nilo Simões contará com a companhia de seu genro. Apesar de estar mais preparado neste ano, o advogado vai reviver a experiência de viagem pós-prova, porém, desta vez, o destino não será Recife, mas, sim, o Rio de Janeiro. Abrir mão de percorrer os mais de 14km pelas ruas da capital paulista, no entanto, está fora dos planos.

Confira como foi a última edição da São Silvestre:

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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