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Por Brasileirão, SPFC decidiu manter negociações por dupla do City mesmo 'sem janela' em copas

Bustos e Ferraresi chegam por empréstimo de um ano, com opção de compra, mas por enquanto só poderão atuar na principal competição nacional

3 ago 2022 - 06h46
(atualizado às 08h02)
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Rodriguinho contra o Athletico: Ceni quer poupar jovens de pressão no Brasileirão (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)
Rodriguinho contra o Athletico: Ceni quer poupar jovens de pressão no Brasileirão (Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC)
Foto: Lance!

Por mais que o São Paulo tenha procurado o Grupo City no início de julho em busca da dupla de Nuhels - o atacante Bustos e o atacante Ferraresi -, o negócio só andou para valer na última semana. O problema é que nesse período fecharam-se os períodos de inscrições para a Copa do Brasil e pelo menos o duelo com o Ceará nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Mas qual o motivo para manter o negócio? A campanha mediana no Campeonato Brasileiro.

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O LANCE! apurou que uma reunião entre o técnico Rogério Ceni e o coordenador de futebol Muricy Ramalho com a diretoria foi fundamental para contrariar o primeiro passo dado, de rejeitar o negócio, até pelo desgaste que ele gerou no mês passada, pela falta de resposta do conglomerado árabe ao Tricolor. E a impossibilidade de usar os reforços nas copas, agora prioridades absolutas na temporada.

No entendimento da gestão do futebol tricolor, contudo, não será necessariamente um problema contar com Bustos e Ferraresi apenas para o Brasileirão. Isso por conta do cenário que se desenhou para o São Paulo na competição.

Depois que a prioridade do clube virou de vez as copas, o Tricolor ruiu no Brasileirão. Já são cinco partidas seguidas sem vitória. Com o recorde de 11 empates em 20 jogos disputados. As cinco vitórias somadas na mesma quantidade de partidas é o mais baixo índice da história dos pontos corridos, ao lado das edições de 2005 (ano em que a prioridade no primeiro turno foi a Copa Libertadores, ganha) e 2013.

Com o tropeço no fim de semana para o Athletico, quando atuou com um time misto, o São Paulo acumula em seus 18 últimos jogos como visitante, apenas quatro vitórias (três pela Copa Sul-Americana e uma pelo Brasileiro), tendo ficado sem sofrer gols apenas duas vezes: nos empates por 0 a 0 com o Everton, do Chile, e o Atlético-MG.

Já nas últimas 21 partidas fora de casa pelo Brasileirão, o retrospecto é ainda pior, com somente duas vitórias (Palmeiras, em novembro, e

Atlético-Go, há pouco menos de um mês). A defesa só não foi vazada por três vezes: nos empates por 0 a 0 com Cuiabá e Atlético-MG

e na vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras.

- Nós temos que melhorar nosso nível de jogo em todas as competições, não só no Campeonato Brasileiro. Mas eu sempre falo que o Brasileiro é um campeonato perigoso. É que os caminhos que nós tivemos (nos mata-matas), com os adversários e os sorteios de confrontos, não nos deixaram estar com toda a força no Campeonato Brasileiro. Na minha cabeça, a programação era uma, mas, quando saíram os confrontos… se você cai contra o Palmeiras em um sorteio, você não pode abrir mão. Nós vemos a Sul-Americana como possibilidade, mesmo com muita dificuldade de enfrentar o Ceará. É sempre a busca por um título: você não quer abrir mão. Mas não se consegue. Nós tivemos uma sequência de quatro jogos em dez dias

e vamos ter agora novamente uma sequência de quatro jogos em dez dias. Se você não rodar o elenco… [mas] repito: não foi pela rodagem do elenco que nós não vencemos o jogo. Foi pelos nossos próprios erros - disse Ceni.

Trocando em miúdos, Bustos e Ferraresi entrariam para jogar no Brasileirão. E assim aliviar um pouco a carga sobre as crias de Cotia. Com o Tricolor a apenas seis pontos da zona de rebaixamento e uma sequência complicada, que já começa com o confronto ante o Flamengo no sábado (6), no Morumbi, rodar o elenco se torna essencial, sem que para isso os meninos sejam jogados à fogueira.

Pudera, estudo foi feito pelo analista Euler Victor aponta que o São Paulo é o clube que mais utilizou as categorias de base em jogos do Campeonato Brasileiro no primeiro turno. Os critérios para definir tais atletas são a idade, o período na base do time, o momento em que chegou na agremiação e a continuidade na disputa nacional. Com um elenco de 42 jogadores, o Tricolor tem uma média de idade de 23,6 anos e já concedeu 6.682 minutos a jogadores da base. O segundo colocado é o Corinthians, com 4.252 minutos cedidos.

Ao todo no ano, Ceni já escalou pela primeira vez 11 atletas vindos da base: Thiago Couto, Moreira, Luizão, Beraldo, Patryck, Léo Silva, Pablo Maia, Palmberg, Rodriguinho, Maioli e Caio.

A necessidade criou a oportunidade. Mas Ceni, Muricy e outros do futebol são-paulino sabem: a paciência da torcida com os jovens pode não durar se as coisas não melhorarem no Brasileirão.

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Lance!
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