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Improvisações na defesa são tendência de Aguirre em clássicos

9 out 2018 - 09h06
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Diego Aguirre assumiu o comando do São Paulo em março de 2018 com a missão de dar uma "cara ao time" e, principalmente, findar o alto número de gols sofridos do time no início da temporada. Para isso, o treinador uruguaio desembarcou no Brasil com o plano de ajustar o time da defesa para o ataque, ainda mais com o alto número de opções das quais se viu respaldado no setor. E para todo mundo jogar, o treinador tem apostado nas improvisações.

No último sábado, a grande novidade de Aguirre para o clássico diante do Palmeiras foi a escalação de Rodrigo Caio na equipe titular como lateral-direito, dando liberdade para Bruno Peres jogar mais à frente. E essa estratégia de proteger a linha defensiva com jogadores mais "marcadores" é quase que uma tendência do comandante, principalmente nos clássicos, onde se mostra a favor da precaução.

Apesar de não ter dado certo contra o time armado por Felipão, a estratégia se mostrou uma possibilidade circunstancial para determinados momentos de jogos. Muito criticada, a escolha não foi de toda surpreendente, basta ver as escalações de Aguirre nos cinco clássicos que disputou contra os rivais paulistas no Campeonato Brasileiro, grande parte delas com "surpresas" presando a defesa ao ataque.

Em seus dois primeiros clássicos pela competição nacional, o uruguaio não inovou. Contra o Santos, apenas apostou na qualidade defensiva de Edimar à ofensividade de Reinaldo para garantir a vantagem de 1 a 0. Contra o Palmeiras, no Allianz Parque, a derrota por 3 a 1 não ficou marcada por inovações, muito também pela forma como a derrota se desenhou, no segundo tempo.

A primeira inovação na escalação, dando início a tendência, foi no Majestoso do primeiro turno, dia 21 de julho. Na vitória por 3 a 1 sobre o Corinthians, o treinador não tinha Everton à sua disposição e colocou Reinaldo para atuar pelo flanco esquerdo ofensivo, com Edimar atuando na lateral. A escolha não só se mostrou efetiva como certeira, com o camisa 14 marcando dois gols.

Como toda tentativa acertada, a estratégia foi repetida em outras partidas, mas sem o mesmo sucesso. Por isso, no San-São do segundo turno, na 25ª rodada, a mudança foi outra. Sem Bruno Peres, foi Arboleda quem entrou na lateral-direita. O camisa cinco, porém, não teve grande atuação individual e pareceu perdido em alguns momentos. Entretanto, pareceu seguir à risca o conselho de subir pouco ao ataque.

No último sábado, Rodrigo Caio foi a surpresa da vez. Criticado por boa parte da torcida, o zagueiro deslocado para a lateral teve bons primeiros minutos, mas acabou com sua atuação comprometida após o cartão amarelo. Aos poucos, a novidade foi ganhando status de fracasso, sem conseguir conter os avanços principalmente de Dudu como outrora.

Algo que ajuda a explicar as escolhas de Aguirre, principalmente nos clássicos contra Santos e Palmeiras, são o desequilíbrio de seu elenco. Sem muitas peças para os flancos do campo, o uruguaio costuma adotar a escolha mais defensiva, corroborada com o expressivo número de opções e zagueiros que acabam atuando pouco. Antes considerado uma boa alternativa, o rodízio na dupla de zaga deixou de ser adotado com tanta frequência pelo comandante.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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