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Hernanes, Pratto e base: os desafios de Rocha no São Paulo

5 jan 2018 - 07h03
(atualizado às 08h50)
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Ricardo Rocha se apresentará como novo coordenador de futebol do São Paulo nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda. Suas atribuições, no entanto, irão muito além de fazer o elo entre a diretoria e o elenco. O ex-zagueiro terá uma série de desafios pela frente no novo cargo.

Aos 55 anos, largou a função de comentarista de TV para ser o braço direito do diretor-executivo de futebol Raí, reeditando a parceria que fez sucesso no fim dos anos 1980 e na década de 1990. Na época, a dupla do São Paulo e da Seleção Brasileira conquistou títulos da Copa do Mundo (1994), Campeonato Brasileiro (1991) e Campeonato Paulista (1989 e 1991).

Ricardo Rocha e Raí observam treino do São Paulo
Ricardo Rocha e Raí observam treino do São Paulo
Foto: Reprodução/Instagram/SPFC

Portanto, Rocha terá liberdade para frequentar tanto o espaço dos jogadores quanto o dos dirigentes. Nesse cenário, poderá atuar para garantir a permanência de Lucas Pratto, alvo do River Plate, que prometeu enviar uma proposta oficial em breve.

A missão é complicada. Seduzido com a possibilidade de voltar ao seu país e morar com sua filha, o centroavante ainda sonha em disputar a Copa do Mundo, na Rússia, e vê o River como vitrine para chamar atenção de Jorge Sampaoli, técnico da Argentina. Assim, Rocha e Raí tentarão convencer Pratto a não fazer jogo duro para deixar o clube do Morumbi.

Outra permanência para a qual Ricardo Rocha vai trabalhar é a de Hernanes, cujo contrato de empréstimo se encerra em junho. O chinês Hebei Fortune exige que o Profeta se reapresente na próxima segunda-feira. O coordenador, então, deverá tratar diretamente com o técnico Manuel Pellegrini, com quem tem boas relações, para tentar demover os asiáticos da ideia de contar com o camisa 15 do Tricolor já neste primeiro semestre.

Natural do Recife, também trabalhará para Raí executar um de seus objetivos declarados ao assumir o cargo de chefe do departamento de futebol: o de criar uma identidade de jogo própria do clube junto à comissão técnica. A ideia é ajudar Dorival Júnior a montar um time com estilo ofensivo e eficiente, inspirado no São Paulo dos anos 1990.

Em sua primeira declaração oficial como novo coordenador, Rocha falou em colaborar para "resgatar a autoestima, a vontade de ser campeão e da alegria do dia a dia" do clube, num claro indício de que ainda exercerá o papel de motivador entre os jogadores. Algo que já fez durante a reapresentação do elenco, na última quarta, ao bradar por títulos em 2018.

Ciente das dificuldades financeiras do Tricolor, também traçou como uma de suas metas priorizar as categorias de base. Nesse processo, ressaltou a importância de frear as vendas das principais promessas vindas do CT de Cotia, numa tentativa de evitar os recorrentes desmanches de elenco dos últimos anos.

O certo é que Ricardo Rocha se sente gabaritado para resolver as diversas questões internas que virão pela frente nesta trajetória como dirigente do São Paulo. "Fiquei três anos e meio na imprensa, tenho muito conhecimento de fora de campo, conhecendo muita gente no Brasil e fora dele. Isso vai ser muito importante. O relacionamento não vai ser só ali em campo, na motivação dos jogadores, mas um trabalho fora também", ressaltou.

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