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Diniz vê arbitragem conivente com proposta do Grêmio: "Não teve jogo"

31 dez 2020 - 01h26
(atualizado às 01h35)
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O técnico Fernando Diniz saiu de campo bastante zangado com a postura da arbitragem após a eliminação na Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Grêmio, no Morumbi. Jogando pelo empate, o Tricolor gaúcho não fez muita questão de deixar a bola rolar, com jogadores indo ao chão de forma recorrente e paralisando a partida. Justamente por isso, o comandante são-paulino reclamou do acréscimo dado por Bruno Arleu de Araújo no segundo tempo.

"Não teve jogo. Dez jogadores caídos lá [em Porto Alegre] e aqui [no Morumbi]. Em nenhum momento a arbitragem sinalizou que ia dar cartão amarelo. Do começo ao final do jogo. Se ele desse mais acréscimo, a gente poderia perder o jogo, qualquer um poderia perder o jogo, mas isso é rotina. O jogo para muito. Daqui a pouco vai ter que ter tempo cronometrado no futebol. A arbitragem é conivente, de maneira geral, com jogador que se joga no chão, faz drama. Para o futebol, é ruim", afirmou Fernando Diniz.

"A arbitragem foi muito conivente com o tipo de jogo que o Grêmio se propôs a fazer desde o primeiro minuto lá em Porto Alegre. A gente teve 180, 190 minutos pra fazer gol e não fizemos. Mas, ninguém sabe o que vai acontecer. Em relação à arbitragem, os times que não querem jogar são beneficiados por ela. Ele [Bruno Arleu de Araújo] deu sete minutos de acréscimo, mas depois o jogo parou por quatro minutos. Então, na verdade, ele deu três minutos ao invés de ser sete. Minha reclamação era essa. Estávamos insistindo, ninguém tem bola de cristal pra saber se iríamos marcar gol ou não", prosseguiu.

Por causa das fortes reclamações de Fernando Diniz ao fim da partida, o árbitro acabou o expulsando. Irritado com a postura da arbitragem, o técnico do São Paulo teve de lidar também com a impotência do seu ataque, que tentou de todas as formas furar o bloqueio defensivo do Grêmio, mas não estava em um dia inspirado.

É sempre difícil jogar contra times que marcam atrás, como o Grêmio marcou. Uma das coisas que tentamos consertar era circular mais a bola, tentar fazer a defesa se deslocar ao rodarmos a bola de um lado para o outro. O Grêmio tem mérito nisso. Mas, o Grêmio também não teve oportunidades de contra-ataque, o Volpi não encostou na bola, com exceção da bicicleta do Diego Souza, um lance de genialidade. É sempre difícil jogar contra linhas baixas, ainda mais contra um time que não estava querendo nem o contra-ataque. Tentamos circular a bola, às vezes fazendo um jogo mais direto, procurando profundidade. Depois, com as substituições, colocamos o time ainda mais pra frente, mas, infelizmente, não conseguimos fazer gols", comentou.

Mesmo com a eliminação, para o técnico do São Paulo sua equipe esteve mais próxima de avançar à final na soma dos dois jogos que o Grêmio. Mesmo liderando algumas estatísticas em ambos os confrontos, como posse de bola, o Tricolor paulista acabou sucumbindo para um Tricolor gaúcho muito mais eficiente.

"No fundo isso tem acontecido quase como rotina de pegarmos times que tentam mais nos marcar e jogar no nosso erro, até pelo modelo de jogo que adotamos e pela imposição que estamos tendo nos jogos. No Sul tivemos duas chances claras nos pés dos nossos artilheiros que em situações normais teria sido 2 a 0 lá. Acho que lá em Porto Alegre tivemos um jogo com mais espaço, porque o Grêmio não tinha o privilégio da vantagem. Hoje o jogo ficou muito travado pela qualidade da marcação do Grêmio, pela falta de criatividade nossa e pela conivência da arbitragem", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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