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São Paulo sai de possível queda a briga por título em um ano

Desmanche que quase custou o rebaixamento em 2017 dá lugar a contratações pontuais e liderança em 2018

8 ago 2018 - 05h12
(atualizado às 08h40)
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Futebol não é ciência exata, mas que um bom planejamento dá uma força e tanto para o sucesso, isso ninguém pode negar. O São Paulo de 2018 que o diga. Há um ano, o clube figurava na zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro em meio a um verdadeiro desmanche promovido pela diretoria. Hoje, com contratações pontuais e foco nas conquistas dentro de campo, lidera o principal torneio do País.

O anúncio feito na segunda-feira da contratação do meia-atacante Everton Felipe, que chega do Sport por empréstimo até o fim de 2019, é mais um sinal de que a "chavinha" virou pelos lados do Morumbi. Além de segurar as principais peças do elenco - dos titulares, apenas Militão (acaba de sair) e Marcos Guilherme (foi embora antes da Copa do Mundo) foram vendidos -, o clube vem negociando de acordo com necessidades reais do time, e não pensando apenas em fazer caixa.

O técnico do São Paulo, Diego Aguirre
O técnico do São Paulo, Diego Aguirre
Foto: Rodrigo Gazzanel/RM Sports / LANCE!

Everton Felipe, por exemplo, é nitidamente um reforço pensado, estudado. Apesar de o São Paulo estar bem servido no setor com um quarteto "intocável" (Diego Souza, Everton, Nenê e Rojas), tais peças obviamente não estarão à disposição do técnico Diego Aguirre durante todo o segundo semestre, seja por suspensões ou eventuais lesões. Ainda não chegamos nem na metade do Brasileirão. Além disso, Cueva, que seria um reserva imediato, acabou vendido ao futebol russo após cair muito de rendimento.

Everton Felipe chega para preencher esse espaço. Promissor, tem apenas 21 anos e já integrou a seleção sub-20 do Brasil. O acordo prevê que, se o São Paulo quiser ficar com o atleta em definitivo, terá de exercer seu direito de compra no ano que vem. O custo total da negociação será de R$ 6 milhões, e o clube paulista ficará com 40% dos direitos do jogador.

Além da compensação financeira ao Sport, o São Paulo cedeu o atacante Morato, que, após se recuperar de uma grave lesão nos ligamentos do joelho direito sofrida em maio do ano passado, quase não vinha recebendo oportunidades de Diego Aguirre no elenco profissional - chegou a "descer" à equipe sub-23 para disputar o Campeonato Brasileiro de Aspirantes.

Quanta diferença

Nesta mesma época do ano, em 2017, a torcida são-paulina vivia momentos de agonia com um time integrando a zona do rebaixamento e uma linha de condução diretiva que transformou o clube num verdadeiro balcão de negócios, independentemente de quem dirigia a equipe.

Tanto Rogério Ceni quanto Dorival Júnior sofreram com seguidos desmanches e tiveram de remontar o São Paulo em meio a saídas de nomes importantes do elenco, como os promissores David Neres (Ajax-HOL) e Luiz Araújo (Lille-FRA), e os experientes Maicon (Galatasaray-TUR) e Thiago Mendes (Lille-FRA), para citar os principais.

Mesmo os reforços pareciam chegar mais pela oportunidade da ocasião do que por planejamento a médio prazo. Cícero, Maicosuel e Neilton, por exemplo, foram algumas das contratações que pouco entregaram tecnicamente ao São Paulo e acabaram indo embora sem deixar saudades - Neilton não chegou a completar um semestre inteiro defendendo o clube.

Não que a equipe titular esteja atualmente "blindada" quanto a eventuais transferências. A janela para a Europa, por exemplo, só se fecha ao fim de agosto. Mas, ao menos na teoria, faz-se a lição de casa.

Um exemplo foi a saída de Militão. Após verem frustrados seu esforços em renovar com o jogador, que queria sair, os dirigentes foram buscar reposição durante a pausa da Copa do Mundo. Trouxeram Bruno Peres, que ainda não reunia as melhores condições físicas, costuraram acordo com o Porto-POR para que Militão ficasse ainda por mais quatro jogos à disposição do clube, e permitiram a Diego Aguirre promover a substituição gradativa de uma peça por outra. No último domingo, Militão se despediu do São Paulo durante a vitória sobre o Vasco que garantiu ao time a liderança do Brasileirão. Bruno Peres, que já vem jogando, assumirá a posição no domingo, diante do Sport, no Recife.

"Sinto que o São Paulo está fazendo bem as coisas. Contratamos um lateral como Bruno Peres e pudemos dar a ele um mês de trabalho e ritmo de jogo para que estivesse pronto. Eu me sinto respaldado por um planejamento inteligente, que faz com que o Militão vá embora e não aconteça absolutamente nada", elogiou Aguirre.

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