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'Crise' no time profissional passa longe da base do São Paulo

Enquanto Aguirre tenta recolocar equipe no rumo, garotada formada em Cotia brilha em todas as categorias

12 out 2018 - 05h11
(atualizado às 10h35)
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Em queda no Campeonato Brasileiro, o São Paulo faz no domingo jogo fundamental para se manter no páreo. Se não voltar do Beira-Rio com uma vitória sobre o Internacional, poderá ficar muito distante da briga pelo título, ainda mais se o Palmeiras, hoje quatro pontos à frente, ganhar do Grêmio. Mas enquanto Diego Aguirre quebra a cabeça para recolocar o time profissional nos eixos, na base, o clube vive grande fase.

Todas as categorias (sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20) estão classificadas para os mata-matas do Campeonato Paulista das respectivas divisões. A equipe sub-17 também segue viva na Copa do Brasil. Por fim, no Brasileirão de Aspirantes, disputado por atletas sub-23, o clube lidera seu grupo e já está classificado às semifinais com uma rodada de antecedência.

"Ter todas as categorias em fases finais nas competições vai ao encontro do que acreditamos ser ideal no modelo de um dos pilares do nosso processo de formação, que é dar o maior número de minutos jogados aos atletas com equipes cada vez mais qualificadas. Esse cenário de jogar finais descortina nossos defeitos e virtudes, justificando nossos próximos planos de ação de forma coerente", explica Pedro Smania, coordenador da base do São Paulo.

Hoje, três dessas equipes entram em campo no CT de Cotia, onde o clube forma seus jogadores, para "cumprir tabela" no Paulistão. Os garotos do sub-15 recebem o Amparo, às 9h, tentando se consolidar na primeira colocação da chave. Às 11h, o sub-17 encara o Mirassol. Depois, às 15h, o sub-20 enfrenta o Água Santa em busca da liderança do grupo 15.

O sub-20 é a última categoria antes da transição ao profissional, por isso, o funil acaba sendo mais estreito. "Os meninos precisam desde cedo saber que vão ser considerados favoritos nas competições e terão de agir como tal para, quando chegarem ao profissional, não se assustarem nem se deslumbrarem com exposição na mídia, cobrança e elogios da torcida. Não é para qualquer um, e isso tentamos mostrar em todas as categorias", comenta o técnico Orlando Ribeiro. Ele ocupa o cargo que, até março, pertencia a André Jardine, hoje auxiliar de Aguirre.

Como ser um futuro jogador do São Paulo?

Basicamente, a criança que sonha em defender o São Paulo hoje tem três caminhos: ser vista nas escolinhas licenciadas, cair nas graças de algum dos observadores técnicos (os antigos "olheiros") que o clube espalha pelo País ou participar das peneiras anunciadas periodicamente no site oficial tricolor.

Apesar do caráter de formação e desenvolvimento do indivíduo além do atleta, especialmente nas categorias mais jovens, os resultados também pesam, daí a importância de estar presente nas decisões das competições. "Acreditamos que as duas coisas andam juntas, então procuramos formar campeões", observa Menta, técnico do sub-15 e ex-jogador do profissional do São Paulo nos ano 90.

Estadão
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