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Corinthians e São Paulo vivem jejum de gols que incomoda para a final

Rivais não balançam as redes adversárias há mais de dez horas de bola rolando; times estudam como 'calibrar a mira' na decisão

19 abr 2019 - 04h41
(atualizado às 09h44)
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Fazer gols, algo fundamental no futebol, se tornou uma árdua missão para os finalistas do Paulistão. Corinthians e São Paulo. Os rivais se assemelham quando a missão é balançar as redes adversárias. Juntos, corintianos e são-paulinos não fazem um gol há mais de 10 horas de bola rolando.

O Corinthians fez gol pela última vez no dia 31 de março, na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, no primeiro jogo da semifinal. No dia 27, o São Paulo se despediu das redes ao bater o Ituano por 1 a 0, nas quartas.

O jejum alvinegro é maior. Foram quatro jogos, sendo três derrotas (Ceará, Santos e Chapecoense) e um empate (São Paulo). Já o time tricolor passou pelo Palmeiras sem marcar gols no tempo normal e ficou no quase no domingo passado.

Motivos distintos ajudam a explicar a razão de gol ser algo tão raro para os dois times. O Corinthians é uma opção tática, que se fortalece em razão da debilidade técnica dos seus avançados. Já o São Paulo falha na pontaria.

O "Corinthians de Carille" foi bicampeão paulista e campeão brasileiro com a mesma postura. Recuado, deixa o adversário ficar com a bola no pé e aposta tudo em uma bola. Foi assim que Jô, Rodriguinho e companhia sobraram no Brasileirão de 2017 e que o time alvinegro tem tido tanto êxito na mão do treinador.

O problema, é que o elenco atual não consegue ter a mesma qualidade com a bola no pé que tinha times anteriores. Nas poucas vezes em que tem o jogo sob seu comando, o Corinthians pena para conseguir chegar ao outro lado do campo. No primeiro jogo da final, por exemplo, a equipe teve praticamente uma chance real de abrir o placar.

Um jogo marcante nesta dificuldade corintiana foi a segunda partida contra o Santos, na semifinal. Apesar da classificação nos pênaltis, as críticas sobre o trabalho do time de Carille foram muito grandes. Imprensa, torcida, ninguém estava satisfeito com o que via, mas o resultado foi conquistado e é em cima disso que os corintianos se apegam.

"Eu prefiro ser campeão, né? Independente do jeito que joga. Hoje o futebol é isso. Às vezes, você jogando feio, mas sendo campeão, o que vão lembrar na frente é que você foi campeão", disse Jadson, um dos remanescentes do time que já jogou recuado, mas agradava pela eficiência.

A falta de gols no lado corintiano é um problema que já existe desde o início da temporada. Tanto que o Corinthians se classificou tendo o terceiro pior ataque, junto com o Novorizontino, com dez gols cada. O São Bento fez oito e o Mirassol marcou 9.

São Paulo ataca mais, mas falta calibrar o pé

Já o São Paulo tem uma dificuldade técnica. O esquema tático é ofensivo, mas falta qualidade de seus avançados. Pablo era a principal esperança de gols até sofrer uma grave lesão e ele só volta daqui seis semanas ou depois da Copa América, caso a recuperação retarde. Assim, falta uma referência, já que Alexandre Pato não pode jogar.

Hernanes poderia ser uma boa opção, só que também teve dificuldades físicas. A tendência é que ele consiga retornar ao time no domingo, após jogar alguns minutos da primeira partida da decisão.

No domingo passado, a falta de alguém para acertar o gol ficou evidente. De acordo com dados do Footstats, o São Paulo deu 19 finalizações contra sete do Corinthians. Mas das 19 tentativas, apenas cinco foram certeiras, que foram defendidas pelo goleiro. O Corinthians deu uma certa.

O goleiro Tiago Volpi acredita que o time manterá a postura, mesmo jogando em Itaquera. "Por mais que o Corinthians esteja jogando na sua casa, a gente não pode abdicar do nosso jogo ofensivo", comentou.

Estadão
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