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Análise: São Paulo tem atuação vexatória na final e perde título mais possível do ano

4 abr 2022 - 05h07
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Por Marina Bufon

O técnico Rogério Ceni sabia que encontraria um Palmeiras extremamente agudo na segunda partida da decisão do Campeonato Paulista. Porém, talvez não esperasse uma ousadia já desde o primeiro minuto em um Allianz Parque, se não lotado por conta de um obstáculo "operacional" da WTorre, ao menos ensurdecedor com os quase 32 mil presentes.

Com apenas 20 minutos de jogo, eram oito finalizações contra duas do São Paulo, em uma atuação de fôlego do Palmeiras. O Tricolor pouco pegava na bola para criar - Alisson arriscou um primeiro chute de fora da área nos minutos iniciais. Depois, foram dois gols em quase dez minutos, com Danilo e Zé Rafael, além de uma checagem de pênalti idêntico ao cometido por Marcos Rocha no Morumbi (desta vez, corretamente não marcado).

Calleri, que no estádio são-paulino fez dois, apareceu mancando em alguns momentos, mas conseguiu um voleio em frente à pequena área de Weverton pouco depois do segundo tento, mas não pegou em cheio. No fim da primeira etapa, foram apenas duas finalizações no alvo (quatro no total), contra sete (15 no total), e apenas três desarmes, diante de seis, segundo o Footstats.

No intervalo, Ceni realizou uma substituição necessária, trocando Welington, que não conseguiu parar Dudu pela esquerda, por Arboleda. Assim, Léo foi deslocado para a posição. Mal o jogo começou, porém, e o camisa 7 começou a jogada do terceiro gol palmeirense por ali, deixando Diego Costa totalmente perdido.

O quarto gol foi questão de tempo, em erro de saída da defesa, com Arboleda e Igor Gomes - este, inclusive, irreconhecível, assim como Pablo Maia, em todo o duelo. O Tricolor não parecia aquele que, no meio da última semana, conseguiu bater um dos melhores times do Brasil da atualidade e assegurar uma boa vantagem para o duelo da volta.

Era imprescindível que o São Paulo conseguisse segurar o placar construído e não fosse engolido por um time muito bem preparado, ensaiado, há tempos treinando junto e, claro, campeão. A escalação foi a mesma de outrora, mas o espírito foi muito aquém do esperado.

Ceni disse no último sábado de manhã que seria "ótimo" ganhar o título paulista, mas que o grande objetivo de 2022 era classificar o Tricolor para a Libertadores do próximo ano - o troféu do Paulistão era bem possível para o São Paulo. Foi um quase com uma diferença abissal entre os dois jogos.

Recuperar o moral do elenco após o vexame desta final é um bom começo para iniciar bem o Campeonato Brasileiro, que já tem seu primeiro jogo no próximo domingo, contra o Athletico-PR, em busca de uma vaga para a Liberta. Antes, duelo fora de casa contra o Ayacucho, pela Sul-Americana, com um time reserva, conforme o técnico mesmo indicou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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