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Victor Ferraz avalia ano, exalta Sampaoli e explica oscilação do Santos: "Puramente tática"

4 out 2019 - 10h12
(atualizado às 10h12)
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Victor Ferraz concede entrevista coletiva no CT (Ivan Storti/SFC)
Victor Ferraz concede entrevista coletiva no CT (Ivan Storti/SFC)
Foto: Gazeta Esportiva

O capitão Victor Ferraz concedeu entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, no CT Rei Pelé, e aproveitou para esclarecer alguns assuntos no Santos.

A oscilação no Campeonato Brasileiro, com duas vitórias nos últimos nove jogos, gerou especulação sobre problemas no elenco e insatisfação com o técnico Jorge Sampaoli. Ferraz negou. E exaltou o argentino.

"Entro em outro ponto que é criar situações que viram verdade. De 10 dias para cá muitos torcedores questionaram, vi donos de página de Instagram, que são formadores de opinião. Donos de páginas grandes formam opinião e devem ter responsabilidade. Falaram de existir jogadores insatisfeitos, derrubar Sampaoli. Todos vocês viram. Isso aí é de uma mediocridade gigante. Não sei como o cara cria um negócio desse. Eu sou o capitão, não há como algo ser feito sem passar por mim. Conheço cada canto desse CT. É querer inventar algo e transferir parte técnica para o caráter. Vocês me acompanham há quase seis anos, podem discutir qualidade técnica, tática, marcar, cruzar, mas caráter nunca deixei a desejar. Nunca que me reuniria para tirar treinador A ou B, por mais horrível que fosse. Não faz parte do meu caráter. E tenho total admiração hoje, não é puxar saco, não preciso disso para nada. Só um esclarecimento, muita gente mandou mensagem, que estão fechados com Sampaoli. Teve repórter me perguntando se era verídico. É necessário esclarecimento, tem minha total admiração. Por mim e pelo bem do Santos tem que ficar o maior tempo possível", disse Victor Ferraz.

O capitão tentou explicar a queda de rendimento do Peixe no Brasileirão. Para ele, o problema foi tático e em nenhum momento de falta de raça.

"Tivemos sequência jogando bem e passamos a ser visados. Tínhamos um estilo e aproveitávamos parte do campo e fragilidade do adversário, que prefiro não comentar, de uma forma que não conseguiam marcar. Do outro lado há bons treinadores e passaram a tirar o que tínhamos de melhor. Foi puramente coisa tática e técnica, e mérito dos adversários. Não é vontade, ambição, falta de vontade de ser campeão. Isso é o que nós mais temos. Numa reunião com Sampaoli, num dos piores momentos, vai ao contrário do que todo mundo pensava. Nosso problema não é de vontade, ambição, pegamos GPS e testes e são o segundo time que mais correm. Jogam machucados, se dedicam. É puramente tática", analisou.

"Temos que nos reinventar dentro do campeonato e mudamos um pouco. Palmeiras teve muitas vitórias, ficou visado e aprenderam a jogar contra. Menos campo, marcar mais de perto o Dudu, dobrar no Scarpa ou no Veiga, Lima, e Palmeiras teve dificuldade. Mano teve de reinventar e estão conseguindo vencer novamente. Assim como no Jesus em relação ao Abel. É muita informação hoje. Vimos três vídeos do Vasco essa semana, por exemplo. É difícil surpreender. Estamos conseguindo nos reinventar. Contra o CSA foi diferente e vamos ver se continua dando certo. Espero que dê certo contra o Vasco, é um jogo-chave para nossas pretensões", emendou.

Victor Ferraz também avaliou seu desempenho na temporada e disse não se incomodar com as críticas de parte do torcedor.

"Nunca estamos satisfeitos. Jogador de alto rendimento tem que buscar melhora no Santos. É um bom ano, fiz um grande Campeonato Paulista, fui o melhor da posição. Tinha Marcos Rocha, Fagner, Mayke, Bruno Peres… Era difícil conquistar. Fazemos um Brasileiro bom também, mas quando os resultados não acontecem, ou não aconteceram, pessoas esquecem um pouco disso", avaliou.

"Sou acostumado. Faz um tempo que o torcedor pega no meu pé, me critica. Justas e às vezes não as críticas. Quem sou eu para querer mandar na opinião pública? Sou ninguém. Eles pagam, assistem os jogos e decidem se gostam ou não de alguém. Minha função é dar o meu máximo e tentar convencer de que mereço aplauso e não vaia. Depende da minha atuação. Ninguém está ali de maldade. Ao mesmo tempo, prefiro que me vaiem do que vaiar outro. Estou há muito tempo, acostumado, me sinto muito em casa na Vila. Prefiro vaias a mim do que a outro companheiro que pode decidir o jogo", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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