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Técnico do Santos explica 'Cucabol': "Palmeirenses não reclamavam"

21 ago 2018 - 07h41
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Cuca foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2016 sem arrancar suspiros dos espectadores na maioria das vezes, mas com muita regularidade: 80 pontos, sete a mais que o o Santos, segundo colocado, com melhor ataque e melhor defesa.

O jeito pragmático do Verdão gerou a expressão "Cucabol", em referência ao apelo pelo jogo aéreo da equipe: bola parada forte, lançamentos e o característico lateral cobrado na área por Moisés. Na segunda passagem do técnico, porém, a alcunha tornou-se ainda mais pejorativa.

Cinco meses depois de sair do Palmeiras por problemas pessoais, Cuca voltou e o desempenho do time não foi o mesmo: 16 vitórias, 12 derrotas, seis empates e a demissão, em outubro de 2017. A análise de muitos era de um esquema ultrapassado e falta de variações táticas.

Agora sob o comando do Santos, o treinador lembra do "apelido" com certo incômodo. Na sua visão, os rivais reclamavam. Os palmeirenses não.

"Não (incomoda o termo "Cucabol"). Se eu tiver um lateral para botar bola na área como Moisés, um centroavante que busque a bola e um zagueiro para encurtar o caminho do gol, sem problema. Aqui (no Santos) não tem esse perfil e vamos procurar outras alternativas", disse Cuca, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Após essa resposta curta, o papo seguiu e, perguntas depois, Cuca retomou a conversa para se defender e explicar o cenário diferente encontrado na Vila Belmiro.

"Em cima do Palmeiras, pegando gancho do Cucabol, tivemos melhor ataque e melhor defesa, ninguém expulso no ano e tudo isso é Cucabol, não só arremesso lateral. Garanto que os palmeirenses não reclamavam. Reclamação vinha dos outros times que não ganharam. Se a gente encontrar nossa forma de pressionar nos 15 primeiros minutos, ótimo, mas tem que respeitar estilo. Tem quem não consiga marcar no campo de ataque, tem quem prefira construção trabalhada. Tem que adaptar, não dá pra montar do jeito que quer, é adaptar com calma", completou o técnico.

O Santos tem jogadores leves e nenhum centroavante forte e com facilidade no pivô, como Borja ou Deyverson. Os zagueiros fazem poucos gols de cabeça, diferentemente de Victor Hugo e Mina, e quem mais se aproxima da qualidade de Moisés em cruzar num arremesso lateral é Dodô. Diante desse cenário, Cuca não quer saber mais do Cucabol.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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