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Santos repete tática por Pituca e "sela paz" em negociação com Gustavo Henrique

25 out 2019 - 06h21
(atualizado às 06h21)
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Santos ainda tenta permanência de Gustavo Henrique (Ivan Storti/SFC)
Santos ainda tenta permanência de Gustavo Henrique (Ivan Storti/SFC)
Foto: Gazeta Esportiva

Após cobranças públicas, Santos e Gustavo Henrique resolveram adotar o silêncio em meio à negociação pela renovação do contrato. O vínculo termina no fim de janeiro.

O presidente José Carlos Peres reclamou da demora do zagueiro em responder à proposta. Enquanto isso, o jogador se queixou da falta de valorização no início do ano e da procura em cima da hora.

Peres e Gustavo combinaram de evitar polêmicas em reunião na última quarta-feira, na Vila Belmiro. O caso é semelhante ao de Diego Pituca, no primeiro semestre deste ano. O mandatário pediu ao defensor uma contraproposta para os próximos dias.

No caso de Pituca, porém, o atleta não se pronunciava e o presidente e o empresário trocavam farpas. O acerto pela renovação só saiu quando ambos "selaram a paz" e negociaram em sigilo - nem outros membros da diretoria sabiam do avanço nas tratativas.

O Santos reconhece a chance real de perder o zagueiro de graça em fevereiro. Gustavo Henrique tem 26 anos e pode assinar um pré-contrato para sair de graça. Seu agente, Fernando César, tem 45% dos direitos econômicos.

O Peixe fez uma proposta de aumento salarial considerada boa por Gustavo. O problema está nas luvas - uma espécie de prêmio pago pela assinatura do contrato -, e o sentimento do atleta de não ter sido procurado pelo clube no momento certo.

Gustavo Henrique concedeu entrevista coletiva na semana passada e adotou tom de despedida. Enquanto isso, ele é titular absoluto com Jorge Sampaoli e um dos capitães.

"Sobre o contrato, vim para esclarecer algumas coisas. No final do ano passado eu estava querendo renovar e não obtive respostas, comecei o ano na incerteza sobre ficar. Muitos sabem que eu não estava nos planos do Sampaoli, eu coloquei na minha cabeça que tinha condição de jogar aqui e com Sampaoli. Tivemos final de ano ruim, talvez ele deve ter visto nossos vídeos, meus e de outros jogadores fora dos planos. Eu coloquei na minha cabeça que queria ficar, mostrar a mim mesmo que poderia jogar. Trabalhei duro, fizemos Campeonato Paulista bom, fui um dos melhores zagueiros. Esperava a procura pela renovação do contrato, faltavam sete meses e não fui chamado. Esperava o reconhecimento de me chamar antes, fui chamado faltando dois meses para poder assinar um pré-contrato", afirmou Gustavo Henrique.

"Sempre manifestei meu desejo de jogar um dia na Europa e fui procurado por alguns clubes do Brasil, não abri negociação, esperei o Santos tentar melhorar ou algo assim. A partir do momento que fui chamado para receber a proposta de renovação eu estava com a cabeça de que iria sair, porque não havia sido chamado antes. Meu pensamento era a Europa, quem não quer? Foi desde pequeno isso. A gente começou a ficar nessa divisória de ir para a Europa ou renovar. Quando recebi a proposta, pedi para meu empresário viajar para Europa para que algum clube pagasse algum valor, multa é impossível (para não deixar o Santos sem dinheiro). Mas clube da Europa não vai pagar multa sabendo que ia sair em dois meses. Meu desejo de jogar na Europa é real e recebi de outros clubes (do Brasil). Estamos nessa, de esperar um pouco mais, sem ter pressa. Vou escolher o que for melhor para mim e para minha família. Se eu ficar, vou continuar trabalhando. Se sair, vai ser de cabeça tranquila. Sei que sempre dei meu melhor", emendou o zagueiro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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