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Santos divulga conteúdo que detalha viagem de ídolos à cidade onde parou guerra na Nigéria

26 nov 2022 - 06h22
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O Santos publicou nesta sexta-feira um conteúdo que detalha a viagem dos ídolos Edu e Manoel Maria à Nigéria, país onde o Peixe parou uma guerra civil em 1969. A excursão com os Ídolos Eternos aconteceu no início de novembro, a convite de autoridades nigerianas após a realização do evento de estreia do terceiro uniforme do clube, baseado em diferentes culturas e etnias africanas.

Na viagem, os ex-jogadores do Peixe primeiramente encontraram com Yoruba Iba Gani Adams, General do Povo, na cidade de Lagos. Na reunião, presentearam o anfitrião com um uniforme comemorativo personalizado como forma de agradecimento à hospitalidade. Além disso, uma obra de arte que celebra a união entre os povos do Brasil e da Nigéria foi dada à Majestade.

Depois, partiram para Ile-Ifé, a segunda parada da viagem. Acolhidos com festa, Edu e Manoel Maria se encontraram com Adeyeye Enitan Ogunwusi, Majestade Real Ooni Ile-Ifé, que celebrou a visita do Santos à Nigéria e relembrou a importância do clube no país. Os mesmos presentes foram encaminhados ao governante. Por fim, foi feita uma roda para, de mãos dadas, dançarem e cantarem: "O Santos parou a guerra".

A terceira e última cidade a ser visitada foi Benin, local onde aconteceu a histórica partida. "Sempre marcava gols nas excursões do Santos. Os caras se preocupavam com o Pelé, dois em cima dele. Eu deitava", disse Edu a caminho do Estádio Samuel Ogbemudia, palco da vitória santista sobre a seleção do Centro-Oeste da Nigéria, por 2 a 1 - gols do ex-ponta esquerda e de Toninho Guerreiro.

O embate ficou marcado pelo fato dos nigerianos terem interrompido uma guerra para lotar os estádio e acompanhar, de perto, o "time do Rei do futebol".

No gramado do estádio, os Ídolos Eternos descreveram a sensação de retornar ao país africano. Desta vez, em paz.

"Estava recém-contratado, vindo da Seleção Olímpica. Tudo era bonito, tinha arquibancada de um lado só. Tirei algumas fotos com ele [apontando para Edu], com o Rildo, Negreiros. Realmente é muito gratificante para nós voltar aqui e ver essa realidade. Tornou-se um estádio muito bonito", afirmou Manoel Maria.

"Voltar em paz. Graças a Deus, fizemos com que isso reinasse até hoje. Depois de um ano daquele nosso jogo, a guerra parou e a paz reina até hoje. Isso é maravilhoso, saber que nós fazemos parte dessa história também. Eu mais ainda, porque tenho 100% ancestralidade africana. Estou em casa, ao lado dos irmãos. Uma felicidade muito grande", descreveu Edu.

Ao fim do vídeo, um amistoso, em comemoração aos 53 anos daquela partida, foi realizado no estádio. Para isso, foram formadas duas equipes, uma que vestia o terceiro uniforme santista, com jogadores do Bendel Insurence - time da cidade nigeriana -, e outra que vestia o tradicional branco, com jogadores locais.

Sobre o 3º uniforme

O modelo traz diferentes grafismos baseados na cultura nigeriana e de outras etnias africanas, alternando entre as cores preta e cinza chumbo. Na parte interna da gola, apresenta a frase "Juntos Pela Paz, Juntos Pelo Futebol Alegre", fazendo referência tanto a este momento histórico, como também aos estilos de jogo do Santos e da seleção nigeriana, que também marcou época com jogadores como Okocha, Kanu, Taribo West, Babangida e Finidi.

Na parte de trás, abaixo da gola, está escrito "Nigéria 1969" e "O Dia em que a Guerra Parou". O uniforme faz parte de uma campanha da Umbro, que recorda episódios que marcaram o futebol.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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