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Santos conclui reforma no campo e aguarda vistoria; veja detalhes e novas fotos

2 abr 2019 - 06h09
(atualizado às 06h09)
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O Santos concluiu no início desta semana a reforma no campo da Vila Belmiro. Agora resta pouca coisa antes da reinauguração no próximo dia 11, contra o Atlético-GO, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil.

No "térreo", está tudo ok - o último passo foi a colocação de gramado artificial no entorno das quatro linhas. Falta agora a liberação do quarto andar, setor onde a Gazeta Esportiva não pôde visitar por causa da movimentação intensa dos operários, e a limpeza.

A Polícia Militar fará uma vistoria nesta terça-feira e a Federação Paulista de Futebol agendou uma inspeção para quinta. O Peixe não vê risco da retomada das atividades da Vila ser adiada.

"Estamos na fase final da reforma. Aqui (no campo), está quase tudo pronto. O gramado ficará perfeito até o dia 11, colocamos a grama artificial, com cor semelhante e nivelamos com o campo, reduzimos os vidros, mexemos na arquibancada do gol do placar, agora sem o alambrado e com um padrão estético. E realocamos o setor dos cadeirantes e da imprensa, agora ocupando parte do espaço dos camarotes térreos). Dessa forma, a movimentação fica melhor atrás do gol para todos os profissionais, inclusive quem fica no aquecimento, e a imagem fica mais bonita para o momento mais importante: o do gol", disse Fernando Volpato, Gerente Administrativo e Operacional do Santos, em entrevista exclusiva.

As obras custaram cerca de R$ 2 milhões ao clube. A maior parte dos envolvidos veio do próprio departamento administrativo. Profissionais terceirizados foram chamados para casos específicos, como a reestruturação da marquise acima das cativas, correção da estrutura metálica dos camarotes do quarto andar e a colocação da grama artificial.

Foi feito tudo que era necessário em questão de segurança e com a necessidade de interditar o estádio. Agora, na segunda fase, ajustes e melhorias serão realizados durante a temporada. Algumas situações, como reforma dos banheiros, ficaram para outra oportunidade.

"Fizemos até mais do que imaginávamos. A princípio, precisávamos parar pela questão da iluminação mínima e casos de segurança. Com esse tempo, pensamos em fazer com que o torcedor se sinta melhor no retorno ao estádio. Buscaremos uma melhora contínua. Uma grande reforma depende do projeto diretor do retrofit. Hoje não dá para mexer estruturalmente por causa do setor social e de alojamento, por exemplo. Há projeto e a ideia é não parar de melhorar", completou Volpato.

Uma das preocupações de parte da torcida é a possibilidade de invasão. Esse assunto não preocupa o gerente, que espera uma cultura nova na Vila Belmiro.

"É uma tendência da Europa e presente nas arenas do Brasil. É preciso criar uma cultura e respeitar o estádio. Se não invadem numa arena, por que invadir na Vila Belmiro? Não temos essa preocupação. E tomamos o cuidado de colocar uma proteção na saída para o túnel, assim evitamos qualquer perigo com a possibilidade de objetos arremessados pelo torcedor", concluiu.

As negociações para o retrofit são conduzidas pelo presidente José Carlos Peres com a empresa Bolton Coin, de criptomoedas. Os representantes virão de Dubai, nos Emirados Árabes, a Santos no próximo dia 14 para nova rodada de negociação.

Alimentos e bebidas

As lanchonetes da Vila Belmiro terão um novo responsável a partir do dia 11 - a Original Co. Serão, além da hamburgueria, 14 parceiros: Pizza Hut, Coca-Cola FEMSA, Red Bull Energy Drink, PepsiCo Elma Chips, McCain Foods, Kibon, Brownie do Luiz, Eko Açaí, Hellmann's, De Cabrón Chillis, Salgado do Anão, Delta Cafés, Lo.cal (sanduíches naturais) e Kodilar (pipoca).

A Vila terá 14 pontos de venda, com mais de um em cada setor, e o Santos negocia os detalhes finais de uma parceria com o Rappi para a compra de produtos via aplicativo nos camarotes e cativas. Os ambulantes serão responsáveis por 70% da entrega, com caixas móveis. Apenas o setor da Torcida Jovem deve contar com fichas neste início.

"Todos os produtos custarão entre R$ 6 e 12. E 12 dos 14 pontos de venda terão mix de produtos. Dois deles, por causa da proximidade com os banheiros, serão para bebidas", disse Daniel Maggi, CEO da Original Co., à Gazeta Esportiva.

Iluminação

A CBF exige 800 lux para 2019, 1500 lux para 2020 e 2500 para 2021. No Santos, um laudo recente atestava 600 lux, abaixo do mínimo e com motivo para não poder atuar na Vila Belmiro.

O Peixe iniciou um projeto para troca de toda a iluminação para LED, já adequando para o necessário em 2021, mas o investimento seria de R$ 3,5 milhões, fora da atualidade financeira atual.

O Santos, então, deu um jeito. O clube utilizou mão de obra própria para desmontar os refletores, trocar todas as lâmpadas e limpar os vidros ofuscados por branco com um produto especial. A medida deu certo e um novo teste homologado pela confederação atestou 1000 lux. O gasto foi de R$ 70 mil.

Problemas estruturais

Duas áreas de risco também incentivaram a reforma. A marquise em cima do setor social foi a grande preocupação. Manchas no reboco indicavam infiltração. Se não houvesse intervenção, a situação se agravaria. Foi contratada uma empresa especialista em patologia de concreto para recuperar o espaço.

Outra necessidade de correção estava na cobertura metálica acima dos camarotes do quarto andar. Pela altura, qualquer queda poderia acarretar em algo grave.

"Limpeza" atrás do gol

O setor para cadeirantes e também utilizado por fotógrafos se localizava dentro do gramado, atrás do gol do placar eletrônico. Havia ainda uma parte para a Federação Paulista de Futebol.

Toda essa área foi retirada e dois novos espaços - para cadeirantes e imprensa -, foram criados nos camarotes térreos. Assim, atletas têm mais espaço para aquecer, imprensa se acomoda melhor, imagem da televisão fica mais limpa e torcedor vê diretamente o campo atrás do vidro.

Clima de jogo

Ao chegar ao estádio pelos portões 1/2 ou 7/8, os torcedores se deparavam com paredes. Agora, das catracas, já é possível ver o gramado por meio de portões vazados antes da subida das escadas.

Alçapão

O Santos retirou os alambrados e rebaixou os vidros para aproximar o torcedor do gramado e estar mais perto do que ocorre nas principais arenas do Brasil e do mundo.

A altura é mais ou menos de 1,60 m para todo o campo. Os próprios vidros foram reutilizados e colocados "para dentro" da mureta, não acima, como era antes.

A diretoria pensou em retirar completamente os vidros, mas achou radical nesse primeiro momento. Numa segunda fase de obras, a ideia pode ser aplicada. Para agora, não ter fosso e alambrado já é considerado um grande avanço.

Gramado

O campo passou por uma intervenção em dezembro, mas muitas manchas de coloração diferente apareceram - uma espécie de mosaico. O Santos aproveitou a pausa nas atividades da Vila para recortar as placas com o replantio. Depois do nivelamento com areia, a grama estará em perfeitas condições para o jogo do dia 11 de abril.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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